O governador Rui Costa (PT) negou ter liberado os secretários Fernando Torres (PSD), de Desenvolvimento Urbano (Sedur), e Josias Gomes (PT), das Relações Institucionais (Serin), para que eles votassem ontem pelo arquivamento do pedido de investigação contra o presidente Michel Temer (PMDB). O pedido feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a partir de denúncia de corrupção passiva da Procuradoria Geral da República (PGR), com base nas delações do empresário Joesley Batista, dono da JBS, que gravou Temer em articulação pela compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso desde outubro de 2016 pela Operação Lava Jato.
Em entrevista à rádio Metrópole, Rui disse que não orientou ninguém a votar pela salvação de Temer, e reiterou seu posicionamento por eleições diretas gerais ainda neste ano. O governador acredita que só assim o País sairá da crise. “Eu não liberei ninguém. Eles pediram para serem exonerados. Eles pediram e eu não poderia impedir. Eles me disseram que não queriam ficar de fora da votação, e é um direito deles, pois foram eleitos deputados. Eles me pediram e eu disse: ‘tudo bem’. A bancada do PT decidiu fechar questão para votar pela admissibilidade do processo, e Josias vai seguir a bancada do PT. As pessoas que defendem as reformas de Temer e o golpe ficam querendo se esconder e fazendo fofoca na imprensa”, afirmou o governador.
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