quinta-feira, 14 de setembro de 2017

STF julga se denúncia contra Temer deve ser suspensa até análise da delação da J&F

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou na tarde de ontem seu relatório a respeito de um pedido feito pela defesa do presidente Michel Temer para suspender a tramitação de uma eventual nova denúncia contra o presidente até a conclusão da análise da revisão da delação de executivos da J&F. A defesa de Temer alega que as provas produzidas a partir das delações da J&F podem ser invalidadas e, dessa forma, não deveriam fazer parte de uma nova acusação contra o presidente que deve ser oferecida em breve pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Em sustentação na tribuna, o advogado de Temer, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, disse que é recomendável esperar a conclusão dessas investigações. “Acho temerário nós processarmos uma denúncia, ela iria para a Câmara, que se faça isso em face dos dados todos que estão sendo colhidos”, disse. Caberá aos ministros da corte a partir de agora decidir sobre o pedido dos advogados de Temer. Antes do intervalo, os ministros do STF votaram de forma unânime para rejeitar o pedido de suspeição de Janot feita pela defesa de Temer. A corte acompanhou o voto de Fachin, relator do caso, que recusou o recurso dos advogados de Temer, que tentavam impedir Janot de atuar em investigações contra o presidente. Os ministros entenderam que não há provas de que o atual procurador-geral tem “inimizade capital” com Temer, uma das razões previstas na lei para afastar Janot do caso. A posição unânime do Supremo é um indicativo de respaldo a Janot, desgastado em seu final de mandato em razão da eventual rescisão do acordo de delação da J&F. Informações da Reuters.

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