Foto: Reprodução
Por Romulo Faro
O deputado federal baiano Daniel Almeida (PCdoB) rebateu o otimismo do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello, que em entrevista à Tribuna publicada ontem afirmou que as reformas de Michel Temer “são essenciais” para o Brasil “continuar crescendo”. Além de elogiar a reforma trabalhista como “grande avanço”, o dirigente do BNDES, que é pré-candidato a presidente da República pelo PSC, diz que a proposta de reforma da Previdência que tramita no Congresso Nacional complementará a trabalhista no sentido de fazer o País “alavancar seu crescimento”.
Para o deputado comunista, porém, as reformas de Temer não são benéficas para a economia nem para a população de modo geral. “São reformas são exatamente no sentido contrário do que disse o presidente do BNDES. A reforma trabalhista e todas as outras puxam o Brasil para baixo. A trabalhista diminuiu os salários do trabalhador e automaticamente diminui a possibilidade de dinamizar a economia. Vai na contramão. Prejudica a própria arrecadação previdenciária. A reforma da Previdência proposta pelo governo não dá indicativo de crescimento. É falácia dizer que ela vai ser boa. Esse modelo previdenciário vigora há muito anos, e já houve ascensão e queda da economia diversas vezes. Não é Previdência que dinamiza a economia. O que faz a economia crescer é dinheiro no bolso do trabalhador, com seus direitos garantidos”, disse Daniel Almeida à Tribuna.
O deputado concordou, por outro lado, com a percepção de crescimento econômico no País, mas ponderou que ele não é tão intenso quanto vê Paulo Rabello. “Ele disse obviedades. O Brasil estava estagnado há três anos, e seria natural que em algum momento tivesse algum crescimento. Crescimento em 2018 deve naturalmente acontecer, até por inércia do governo. Mas com certeza o que vemos hoje é um crescimento ainda pífio”, rebateu Daniel Almeida.
Presidente do Democratas (DEM) na Bahia, o também deputado federal concordou integralmente com o que disse o dirigente do BNDES. “Concordo plenamente. Votei a favor da reforma da Previdência na comissão e vou votar a favor no plenário. O governo está propondo uma Previdência igual para todos os brasileiros. A Previdência hoje tem privilegiados, e a grande maioria recebe muito menos do que a pequena minoria. É um contraste. Agora é hora de fazer uma atualização profunda, para uma Previdência justa no Brasil, afirmou o democrata à Tribuna.
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