O governador Rui Costa reuniu ontem secretários, convidados e imprensa, no Salão de Atos da Governadoria, em Salvador, para o lançamento da Revista Terra Mãe 2017. Na ocasião, ele apresentou o balanço da gestão durante o ano. "Foram três anos de recessão severa e, mesmo que em 2018 tenhamos um crescimento na economia, ainda não vamos alcançar o patamar de 2014”, lamentou. Em seu discurso, Rui lembrou que “houve um colapso em diversas áreas em vários Estados do país”. “Tivemos que tocar o nosso neste cenário. Requer muito rigor fiscal e responsabilidade. A Bahia está entre os três estados que mais investiram no país nestes últimos três anos e só perdemos para São Paulo”. Ele ressaltou que a Bahia é o 20° dos 27 estados em arrecadação per capita. "Nem todos estão conseguindo pagar suas obrigações, que é pagar salários em dia, pagar fornecedores em dia e manter os serviços públicos para população".
O petista seguiu com críticas ao governo Michel Temer (PMDB) pelo não repasse de recursos para a Bahia, chegando a acusar a União de “perseguição”. “Uma política retrógrada de quinta categoria, que eu não esperava mais ver no Brasil, que é a União perseguir os Estados dada a sua opinião política, sociais e econômicas e a filiação dos seus governadores”, vociferou. Ele destacou que a União deve cerca de R$ 150 milhões em três obras ao Estado. Rui Costa falou ainda sobre a recessão que o país tem vivido nos últimos três anos e ressaltou que, mesmo com esse cenário, a Bahia aparece no segundo lugar entre os estados do país que mais investiram. "Em 2015 e 2016, foram dois anos seguidos de PIB negativo, tem mais de 60 anos que isso não acontecia em nosso país. Como a Bahia não atrasou salário, não entrou em colapso, às vezes eu tenho a sensação que as pessoas acham que não está tendo crise e o tempo todo temos que lembrar no que nós estamos mergulhados, qual oceano estamos navegando".
Ainda tecendo críticas ao Planalto, ele afirmou que o "governo federal não faz absolutamente nada" para ajudar no combate à criminalidade no Estado. "Não é mais possível o governo federal lavar as mãos em relação a segurança", questionou. Ele defendeu leis mais duras contra o crime, sobretudo o de homicídio, e ainda pediu mais segurança jurídica para as instituições. "Precisamos ter segurança jurídica, o país precisa saber que a Constituição está valendo, não dá para esperar cada sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) para sabermos qual lei está valendo".
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