O deputado federal José Carlos Aleluia, presidente do DEM na Bahia, acredita na possibilidade de o ex-governador Jaques Wagner ser escolhido como candidato do PT à Presidência da República, caso o ex-presidente Lula seja condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), de Porto Alegre. O julgamento acontece próxima quarta-feira e é aguardado com grande expectativa, porque pode ser o divisor de águas na eleição de 2018. "Quero que o presidente Lula concorra. Ele não é imbatível. Acho que podemos vencê-lo. Com o Lula condenado é diferente, um réu condenado em segunda instância não pode disputar. Lula condenado estará apenas protelando para trocar o nome do candidato lá na frente. No interior se faz muito isso. Eu acho que existe a possibilidade de o Wagner ser candidato, o partido tem uma lista escassa de nomes. O Wagner é muito próximo de Lula", alfinetou em entrevista à Rádio Metrópole, ontem.
Aleluia comentou a presença dos parlamentares José Carlos Araújo, presidente estadual do PR, e Cacá Leão, filho do vice-governador João Leão no aniversário do deputado federal Paulo Azi (DEM). Ambos são da base do governador Rui Costa (PT). O evento aconteceu no último domingo, em Alagoinhas. “Os políticos que querem o bem da Bahia têm que conversar”. Questionado sobre a possibilidade de "troca de lado" dos parlamentares, ele amenizou: "Todos são amigos. Era uma festa de amigos, o prefeito ACM Neto (DEM) também estava. Ele não anunciou candidatura [ao governo do Estado], mas todos pediram para ele se candidatar. Acabou sendo um evento político".
Aleluia ainda acusou o governo do estado de supostamente contratar carro de som para “falar mal de ACM Neto” na cidade de Juazeiro (BA). “Rui olha para o espelho e pergunta: espelho, espelho meu, existe alguém mais feliz do que eu? Aí aparece o rosto de Neto”, completou. O cacique do DEM baiano também criticou a declaração de Rui Costa sobre Caetano Veloso, que teve os instrumentos roubados no domingo passado na Bahia. “O dia a dia dos baianos e das cidades está sendo de assaltos. As quadrilhas criminosas estão crescendo e ficando poderosas. É uma coisa inusitada a ousadia do crime organizado”, falou.
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