quinta-feira, 26 de abril de 2018

Lúcio Vieira: "Chapão é suicídio político"

O MDB está cada vez mais resistente em fazer um “chapão” com todos os partidos oposicionistas para enfrentar o governador Rui Costa (PT) no pleito de outubro. Os parlamentares estão cada vez mais convencidos de que, em vez de agrupar os partidos em mais de uma chapa para a disputa proporcional, o melhor seria unir todas as 17 legendas em uma frente única. Procurado pela Tribuna para comentar essa resistência, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB) afirma: “Temos conversado com vários partidos, principalmente com os partidos que chamamos de ‘emergentes’, que alguns querem chamar de ‘nanicos’. Inclusive tenho sido até procurado muito por eles, porque na hora que as outras candidaturas defendem um chapão, então, ninguém dos partidos pequenos vai entrar nisso. Eles sabem que é suicídio político, não elege ninguém”.
Segundo o emedebista, as outras candidaturas estão em um “dilema”. “Os deputados que foram para lá querem o chapão para facilitar a vida deles. Quem estava cá nos partidos pequenos, não quer chapão. Tanto que muitos candidatos desses partidos menores já estão falando em desistir da candidatura. Eles estão procurando o MDB porque ficou atrativo para eleição de deputados estaduais e federais, além de ter tempo de televisão que pode dar espaço aos candidatos”, analisa. “Ainda tem um  fundo partidário que pode eventualmente dar ajuda nas eleições. Ajuda de estrutura. Agora, a nossa tese é que esperemos os prazos das convenções, para ver como é que vai ser a candidatura para presidente, esperar a definição aqui do quadro para governo do estado. Então, agora, todos vão evitar firmar, confirmar e efetivar uma coligação. Está todo mundo fazendo conta e ver qual coligação é melhor para cumprir a lei de Murici: cada um cuida de si”, completa. 
Indagado se, de 0 a 10, o MDB deve bancar uma candidatura independe de João Santana, Lúcio foi taxativo: “Veja bem, não é questão do MDB continuar bancando. João Santana é o presidente do partido. A chance de 0 a 10, é 9, porque em política não pode dizer 10”. A Tribuna também perguntou a Lúcio se ele será candidato no próximo pleito. E ele garantiu: “Sou pré-candidato. Só serei candidato a partir da convenção. E nem me pergunte mais isso, porque acho que nem os adversários estão cogitando o contrário”.

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