quarta-feira, 2 de maio de 2018

Políticos baianos atacam Michel Temer no Dia do Trabalhador

Rui Costa disse que reforma trabalhista atente a interesses de uma “elite dominante e preconceituosa”
O Dia do Trabalhador foi marcado por críticas de políticos baianos à Reforma Trabalhista aprovada durante o Governo Temer. Segundo o governador Rui Costa (PT), as alterações foram feias para atender interesses de uma “elite dominante e preconceituosa”. “Precisamos refletir sobre o Brasil que estamos buscando. Não vamos permitir o desmonte dos direitos dos trabalhadores, conquistados com décadas de luta. Hoje, presenciamos a ideia de reformas feitas de maneira açodada e motivadas pelos interesses de uma elite dominante e preconceituosa”, escreveu o petista, em sua conta no Instagram. O governador afirmou, ainda, que é preciso lutar por um País de “oportunidades iguais e mais justo para todas as pessoas”. “Desejo profundamente que o Brasil melhore e reencontre o seu caminho. Que volte a crescer para que o povo possa trabalhar e ajudar a construir uma nação mais justa e igual”, ressaltou.
O senador Otto Alencar (PSD) disse que mantém "compromisso em defesa dos direitos dos trabalhadores". "Votei contra e continuo lutando contra a reforma trabalhista. Sou contra a reforma da Previdência Social. No Congresso Nacional, fizemos uma frente para barrar essa absurda proposta de mudança nas regras da previdência. Com isto, o governo federal recuou porque não haveria votos para penalizar ainda mais aqueles que não têm nenhuma culpa dos desmandos administrativos, da improbidade administrativa e da corrupção que assola as instituições federais de Brasília. Nosso povo é um povo trabalhador que não desperdiça oportunidades. Sigo, no Senado Federal, na luta pela criação de mais empregos e por dias melhores para a classe trabalhadora!", escreveu no Facebook.
Várias lideranças também participaram de um protesto realizado no Farol da Barra, em Salvador. O encontro foi organizado por centrais sindicais. "Os trabalhadores e trabalhadoras no Brasil nunca tiveram seus direitos tão atacados como agora. O presidente ilegítimo, Michel Temer, se transformou no inimigo número 1 da classe trabalhadora. Hoje é mais um dia de fortalecer nossa luta contra esse governo golpista, pela garantia dos direitos trabalhistas e pela retomada da democracia no nosso país", disse a deputada federal Alice Portugal (PCdoB). Bebeto Galvão (PSB) também criticou o desemprego e as mudanças na legislação trabalhista. "Infelizmente, este ano os trabalhadores não tem muito o que comemorar. Principalmente, após as ações promovidas pelo Governo Federal que retirou direitos conquistados ao longo da história e aumentou o desemprego no nosso país. Apesar disso, parabenizo a todos os trabalhadores pelo nosso dia e desejo que jamais desistamos da luta por dias melhores, por igualdade e justiça social", declarou o deputado baiano.
“Reforma Trabalhista foi a maior derrota do povo”
A senadora Lídice da Mata (PSB) também participou das manifestações pela passagem do Dia do Trabalhador, realizadas no Farol da Barra. “A bandeira contra a reforma trabalhista une o movimento sindical no Brasil. Este governo ilegítimo começou com essa nova e danosa lei e não quer parar. Quer privatizar Petrobrás, Eletrobras e precarizar as relações de trabalho”, disse.
Além disso, conforme a senadora, no campo da política há a necessária luta pela soberania e também pela liberdade do ex-presidente Lula, “para que ele que vive esse ambiente político de perseguição e parcialidade possa se manifestar livremente ao povo brasileiro, independente se votou nele ou não”.  A senadora também criticou a nova legislação eleitoral e disse que as regras "não promovem a renovação política". 
“O problema é que essa renovação não pode ser feita no vazio, por idade ou se dizer apenas que vamos tirar os políticos que estão  para colocar  novos. Nós temos que colocar no Congresso os que pensam como nós, reeleger os que  defendem os trabalhadores e ampliar a bancada dos que lutam em defesa dos trabalhadores”, finalizou. 

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