Grupo punk feminista Pussy Riot, conhecido por inúmeros protestos de oposição ao governo de Vladimir Putin, assumiu a responsabilidade pela invasão de campo que paralisou a final da Copa do Mundo entre França e Croácia neste domingo (15).
A banda de punk russa teve suas integrantes presas em 2012 por realizarem um protesto contra Putin em uma igreja. Desde então, as três mulheres que foram levadas a julgamento se separaram, e duas delas - Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina - ainda usam o nome Pussy Riot.
Aos sete minutos do segundo tempo da partida, quando o jogo ainda estava em 2 x 1 para a França, quatro pessoas usando camisetas brancas e calças pretas invadiram o gramado a partir da área atrás do gol francês.
Vladimir Putin acompanhava a partida ao lado do presidente francês Emmanuel Macron e da presidente croata Kolinda Grabar-Kitarovic .
As pessoas que invadiram o campo conseguiram correr aproximadamente 50 metros, dispersando-se em diferentes direções antes de serem derrubadas por fiscais e arrastadas para fora do gramado. A partida foi paralisada, mas acabou retomada momentos depois.
Uma das mulheres conseguiu se aproximar de Mbappé, astro do time francês, e o cumprimentou com as mãos. Gesto retribuído pelo jogador. Já o zagueiro croata Lovren, empurrou um dos invasores e ajudou os seguranças a segurá-lo.
Após a invasão, uma das participantes do grupo, Olga Kurachyova, disse à Reuters que ela foi uma das pessoas que entraram em campo. Ela disse que estava sendo detida em uma delegacia de Moscou.
Integrante do Pussy Riot com jogador francês Mbappé (Foto: REUTERS/Darren Staples) Integrante do Pussy Riot com jogador francês Mbappé (Foto: REUTERS/Darren Staples)
Integrante do Pussy Riot com jogador francês Mbappé (Foto: REUTERS/Darren Staples)
Zagueiro croata Lovren empurra pessoa que invadiu gramado durante final da Copa do Mundo (Foto: REUTERS/Carl Recine) Zagueiro croata Lovren empurra pessoa que invadiu gramado durante final da Copa do Mundo (Foto: REUTERS/Carl Recine)
Zagueiro croata Lovren empurra pessoa que invadiu gramado durante final da Copa do Mundo (Foto: REUTERS/Carl Recine)
O protesto
Em sua página no Facebook, o grupo explicou a escolha de entrar em campo com uniformes da polícia.
"Hoje faz 11 anos desde a morte do grande poeta russo, Dmitriy Prigov. Prigov criou uma imagem de um policial, um portador da nacionalidade celestial, na cultura russa. O policial celeste, de acordo com Prigov, fala sobre os dois caminhos com o próprio Deus. O policial terrestre se prepara para dispersar comícios. O policial celestial toca gentilmente uma flor em um campo e desfruta de vitórias de times de futebol russos, enquanto o policial terrestre se sente indiferente à greve de fome de Oleg Sentsov. O policial celestial surge como um exemplo da nacionalidade, o policial terrestre fere a todos", diz o texto..
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