O número de serpentes resgatadas em áreas residenciais no primeiro semestre deste ano, 129, já equivale a 69% dos 186 exemplares apreendidos em 2017. Temporada de reprodução, período chuvoso, desmatamento e expansão urbana são as causas da aproximação dos animais aos espaços urbanos.
No geral, 906 animais silvestres foram resgatados pela Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) da Polícia Militar (PM), de janeiro a junho, 14,2% deles serpentes. Já em 2017, houve 688 resgates (aumento de 31,7%) de animais silvestres – 27% deles serpentes.
De acordo com a subtenente PM Gracina Farias, no ambiente urbano, as espécies mais comuns de serpentes resgatadas pela companhia são as sucuris, jiboias, cascavéis e cainanas, que costumam aparecer com mais frequência no intervalo de maio a julho.
“Justamente por ser o período reprodutivo das serpentes, mas que pode variar com as frequentes mudanças climáticas”, afirma. “Esse desequilíbrio, com o desmatamento provocado pela expansão urbana, tem levado os animais a aparecerem em áreas habitadas”, continua a subtenente.
Atrativo
A supressão da vegetação, prossegue a subtenente, provoca o aquecimento dos espaços urbanizados, o que funciona como um atrativo mais para as serpentes. “Como são animais de sa
Ainda segundo a militar, os bairros com maior incidência de serpentes estão nas regiões de Cajazeiras, Paralela e Imbuí. “Justamente por serem áreas urbanizadas rodeadas de vegetação, onde também se localizam corpos hídricos, que são um dos habitat dos animais”, explica.
Além das jiboias, espécies mais resgatadas são sucuris, cascavéis e cainanasAlém das jiboias, espécies mais resgatadas são sucuris, cascavéis e cainanas
Caso algum animal silvestre apareça em área utilizada por humanos, a subtenente orienta que dever ser feito contato para resgate por meio dos números 190 e 3116-9151 (atendimento 24 horas). “Atendemos a chamados em toda a capital e na Grande Salvador”, assegura.
Numa situação de aparição, continua Farias, o recomendado é não fazer contato com o animal, para não estressá-lo, afastar-se e, se possível, deixá-lo no espaço isolado. “Em seguida, acionar a companhia, que deverá adotar o procedimento correto para remoção”, diz.
Procedimento
Após o resgate, se o animal estiver em boas condições, a Coppa realiza a soltura na natureza. “Caso contrário, levamos para o zoológico ou para o Ambulatório de Animais Silvestres e Exóticos da Universidade Federal da Bahia, para uma avaliação de um veterinário”, informa.
Numa situação de picada por serpente, diz a subtenente, se possível, fotografar o animal para facilitar a identificação. “O primeiro passo é procurar a unidade de saúde mais próxima, que, se for o caso, acionará o Centro Antiveneno para fornecer o soro”, alerta.
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