
O candidato a vice-presidente na chapa de Lula, Fernando Haddad (PT), chegou a Salvador na manhã de ontem para uma extensa agenda ao lado do governador Rui Costa (PT), candidato à reeleição. O ex-prefeito de São Paulo deve ser alçado para a cabeça de chapa petista caso o ex-presidente seja enquadrado na Lei da Ficha Limpa. O primeiro compromisso dele na capital baiana foi uma reunião com as lideranças políticas e movimentos sociais no Hotel Fiesta, no bairro do Itaigara.
O encontro, fechado para a imprensa, também contou com as presenças dos candidatos a vice-governador da Bahia, João Leão (PP), e a senador, Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD). Indagado pelos jornalistas presentes se contará com a ajuda dos governadores para se tornar conhecido durante a campanha, Haddad foi enfático. "Eu sou candidato a vice-presidente. Na semana passada, a Organizações das Nações Unidas emitiu um requerimento ao Brasil dando uma recomendação que registre a candidatura do presidente Lula na corrida presidencial. Isso não é pouca coisa", disse. "O Brasil internalizou essas regras da ONU no seu ordenamento jurídico e não pode fingir que não o fez. A imprensa do mundo inteiro reportou essa decisão da ONU e vamos aguardar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral".
Haddad destacou a liderança de Lula nas pesquisas e minimizou as críticas aos governos petistas utilizando o sucesso eleitoral do grupo na Bahia. "A situação do outro lado é desesperadora. O Lula é o candidato de maior preferência do eleitorado, está há dois ou três pontos de ganhar no primeiro turno, tem o melhor plano de governo para tirar o país da crise, nós temos um caminho de respeitar o direito internacional e nós estamos na expectativa de que isso possa se desdobrar. Felizmente, os nossos governadores têm luz própria. Estamos há quase quatro governos aqui na Bahia. Três eleições ganhas no primeiro turno", analisou.
O ex-prefeito também minimizou os comentários de que vai concentrar a eleição no principal reduto petista. "Eu não estou sendo apresentado ao Nordeste agora. Eu vim muito ao Nordeste. A gente vinha trabalhar aqui. Eu fui seis vezes, por exemplo, ao Piauí. A gente caminhou essa região toda, fomos a todos os cantos da Bahia, é uma região que trabalhamos. Estamos resgatando o que foi entregue, o que não saiu do papel por causa da interrupção desses projetos", afirmou. Pela tarde, Haddad, Rui e a chapa majoritária da “Coligação Mais Trabalho Por Toda a Bahia” participaram da “Grande Caminhada da Liberdade”, também em Salvador. A concentração começou na Senzala do Barro Preto, no bairro da Liberdade.
"O Brasil vai virar republiqueta de banana?”
O governador Rui Costa (PT) pontuou que o povo brasileiro está com “dificuldade de entender” o motivo de Lula não ser o candidato petista. "Quando todos os outros são candidatos, quando nada foi provado contra ele. Sem falar, que o crescimento dele nas pesquisas pode ser lido de que o povo não aceita essa perseguição e está convencido de que a Justiça o está perseguindo politicamente e que está havendo uma injustiça", criticou.
Rui questionou se o Brasil vai desrespeitar a recomendação da ONU. "Enfim, [o governo Lula] melhorou a vida dos brasileiros como todos os indicadores mostram. Então o povo vota nessa ideia materializada na figura de Lula e acredito que o 13 sairá vitorioso, pois simboliza isso e o mundo inteiro espera isso", enfatizou.
“Antigamente a imprensa apresentava os países que não respeitavam determinações da ONU como à margem da lei. Os países que jogam resoluções da ONU no lixo não são democracias plenas. O Brasil vai seguir ou não vai seguir? Vai virar uma republiqueta de banana?", questionou. Até o próximo domingo, dia 26, Rui irá a 22 cidades baianas. A maratona começa nesta quarta-feira (22), quando ele visitará os municípios de Baixa Grande (8h) e Ipirá (9h30).
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