Candidato ao Senado, Jaques Wagner (PT) disse, ontem, acreditar que o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), crescerá nas pesquisas quando iniciar o horário eleitoral. O ex-governador da Bahia atenuou, ainda, a derrota do petista paulista na eleição de 2016, quando tentava a reeleição e perdeu para o tucano João Doria. Haddad foi oficializado candidato a vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva, mas deve assumir o posto de postulante à Presidência após o ex-presidente ser barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de disputar a eleição. Condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula deve ser proibido de competir na eleição com base na Lei da Ficha Limpa.
“Acho [Haddad] um ótimo nome. Acho que é um candidato preparado. [...] O fato de ele não ter sido reeleito na eleição 2016 não é um elemento fundamental, porque a gente [o PT] vivia uma situação muito ruim naquele momento. O PT tinha mais de 70 prefeituras e caiu para sete ou oito em São Paulo, que era muito o centro do tucanato e, portanto, do combate à nossa política. Lá realmente era o olho do furacão. Então, acho que isso [a derrota] não é significativo. Ele fez inclusive um governo de São Paulo bem moderno”, afirmou, durante Encontro com Pré-Candidatos ao Governo do Estado Bahia organizado pelas federações da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB); do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA); e das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), no Hotel Mercure, em Salvador.
No entendimento de Wagner, Haddad assumirá “rapidamente a dianteira”. Para ele, o ex-prefeito de São Paulo “dialoga muito com a juventude” e não terá “dificuldade de dialogar com o Nordeste”. “Na minha opinião , a candidatura de [Jair] Bolsonaro não tem substância. Então, com o tempo, nos debates e nas apresentações dele, ele tende a desaparecer. A candidatura do [Geraldo] Alckmin, por mais que ele tente se afastar do MDB, quando ele trouxe conjunto do centro não agregou coisas novas para sua apresentação. Então, vamos ver se ele consegue decolar”, analisou.
O ex-governador voltou a negar que o PT tenha articulado para isolar o presidenciável Ciro Gomes (PDT). Os petistas se comprometeram a apoiar os candidatos do PSB aos governos de Amazonas, Amapá, Paraíba e Pernambuco, em troca da neutralidade dos socialistas na corrida presidencial. “Ele tem uma decisão de ser candidato. E Lula tem a decisão de ser candidato e o PT de ter um candidato. Não foi possível a junção no 1º turno. Mas não havia uma estratégia de isolar. Quem quis isolá-lo foi o centrão, que depois se juntou a Alckmin”, pontuou.
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