A Polícia Federal abriu na terça-feira (22) inquérito para investigar o coronel da reserva Carlos Alves, que gravou vídeos com ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A apuração foi instaurada a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. A chefe do Ministério Público Federal ainda solicitou que a PF faça a identificação do autor do vídeo e ouça o depoimento dele. O Exército Brasileiro havia pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigasse a gravação. Nela, Alves ameaça “derrubar” ministros do TSE se a Corte prosseguir com a ação que apura a denúncia de abuso econômico da chapa do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) por supostamente ter se beneficiado de mensagens difundidas em massa pelo WhatsApp pagas por empresas privadas.
Em pedido enviado ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, Dodge afirmou que o vídeo “contém graves ofensas à honra da ministra Rosa Weber, imputando-lhe tanto fatos definidos, em tese, quanto conduta criminosa, além de difamar-lhe a reputação, mediante imputação de fatos extremamente ofensivos”. Ainda na terça, a Segunda Turma do Supremo havia aprovado, por unanimidade, requerimento para a PGR investigar a questão. Em nota, o Exército afirmou que “o referido militar afronta diversas autoridades e deve assumir as responsabilidades por suas declarações, as quais não representam o pensamento do Exército Brasileiro”. “O general Villas Bôas, Comandante do Exército, é a autoridade responsável por expressar o posicionamento da Força”, completa a nota.
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