Mara Gabrilli lembra um dos principais fatores do período eleitoral e os impactos causados pelas notícias falsas durante as eleições de 2018
Norteei minha vida na política pela conduta do meu pai, homem amável, trabalhador e ético, que viveu na pele os desmandos da corrupção no país durante a gestão do então prefeito de Santo André, Celso Daniel. Desde que meu pai se foi e entrei para a vida pública, procurei ser a antítese de tudo que a política suja representava. Procurei, além de focar em discursos sobre moralidade, mostrar na prática bons exemplos à sociedade brasileira, tão carente ainda de espelhos.
Nessas eleições, no entanto, o que vimos em grande parte das disputas foi uma avalanche de discursos, falas e de notícias falsas ( fake news ) que nada mostraram ao eleitor o que ele tinha e tem por direito saber: propostas e ideias de seus postulantes a representantes no Poder Público.
Nos dias que anteciparam as eleições, fui vítima de ataques que se propagaram de maneira supersônica pelo ciberespaço. Calúnias, mentiras e questionamentos absurdos que em vinte anos de vida púbica não imaginei passar. Quando se é alvo de fake news, a sensação de angústia e vulnerabilidade são muito presentes. É torturante ver que a maioria das pessoas que recebem uma notícia falsa não buscam uma segunda fonte ou veículo confiável que confirme a veracidade do conteúdo. Elas simplesmente tomam o que recebem como verdade absoluta. E infelizmente há quem alimente essa conduta tão nociva, gerando um grande desserviço à democracia.
Fonte: Último Segundo -
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