terça-feira, 6 de novembro de 2018

Fake news é reflexo de educação analógica e política rasteira Fonte: Último Segundo - iG @ https://ultimosegundo.ig.com.br/colunas/coluna-vertebral/2018-11-05/fake-news-eleicoes-whatsapp.html

Mara Gabrilli lembra um dos principais fatores do período eleitoral e os impactos causados pelas notícias falsas durante as eleições de 2018

Fake news foi um dos principais assuntos do período eleitoral
Norteei minha vida na política pela conduta do meu pai, homem amável, trabalhador e ético, que viveu na pele os desmandos da corrupção no país durante a gestão do então prefeito de Santo André, Celso Daniel. Desde que meu pai se foi e entrei para a vida pública, procurei ser a antítese de tudo que a política suja representava. Procurei, além de focar em discursos sobre moralidade, mostrar na prática bons exemplos à sociedade brasileira, tão carente ainda de espelhos.
Nessas eleições, no entanto, o que vimos em grande parte das disputas foi uma avalanche de discursos, falas e de notícias falsas ( fake news ) que nada mostraram ao eleitor o que ele tinha e tem por direito saber: propostas e ideias de seus postulantes a representantes no Poder Público.
Nos dias que anteciparam as eleições, fui vítima de ataques que se propagaram de maneira supersônica pelo ciberespaço. Calúnias, mentiras e questionamentos absurdos que em vinte anos de vida púbica não imaginei passar.  Quando se é alvo de fake news, a sensação de angústia e vulnerabilidade são muito presentes. É torturante ver que a maioria das pessoas que recebem uma notícia falsa não buscam uma segunda fonte ou veículo confiável que confirme a veracidade do conteúdo. Elas simplesmente tomam o que recebem como verdade absoluta. E infelizmente há quem alimente essa conduta tão nociva, gerando um grande desserviço à democracia.  


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