![](https://www.trbn.com.br/images/cache/post_principal/images/posts/595553387aa57_Rui-Costa_Foto_TribunaDaBahia.jpg)
Por Rodrigo Daniel Silva
O governador reeleito Rui Costa (PT) manteve, ontem, o mistério sobre o secretariado do seu segundo mandato, que inicia no dia 1º de janeiro do próximo ano. Por enquanto, o único nome confirmado é o de André Curvello na Secretaria de Comunicação. Nos bastidores, o comentário é de que o chefe do Palácio de Ondina pode começar o novo governo com os mesmos nomes que hoje ocupam as secretarias e a reforma só acontecer no ano que vem. "Não é mistério. É uma questão de não fazer o trabalho de exclusão. Se eu começar a dizer quem fica, vai publicar que os outros estão saindo. E a gente não pode nem nomear nem demitir pela imprensa. É desrespeitoso com quem contribuiu durante quatro anos com o nosso governo. Até para fazer a troca, tem que ser respeitoso com as pessoas. O fato de não anunciar outros nomes que vão ficar [no governo] só é para preservar as pessoas e tratar de formar respeitosa”, declarou, durante o lançamento da edição de 2018 da Revista Terra Mãe no Salão de Atos da Governadoria, em Salvador.
Apesar de Rui não falar publicamente, já há rumores de que Fábio Vilas-Boas e Manoel Vitório vão permanecer nas secretarias de Saúde e da Fazenda, respectivamente. Também há comentários de que a senadora e deputada federal eleita Lídice da Mata (PSB), e Nelson Pelegrino e Josias Gomes, ambos do PT, podem ser contemplados com uma pasta para que os suplentes assumam mandatos em Brasília. Neste cenário, dois “reservas” de deputados federais, Joseildo Ramos (PT) e Paulo Magalhães (PSD), poderiam virar titulares.
Atual líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Joseildo saiu candidato a deputado federal após articulação de Rui Costa, que queria deixar uma vaga aberta no Legislativo baiano para o ex-prefeito de Serrinha, Osni Cardoso (PT), que acabou sendo eleito. O governador e Joseildo integram a mesma corrente petista Reencantar. “O que posso adiantar é que, eventualmente, deputados federais eleitos ou não eleitos podem ser convidados a compor o governo, mas não vou adiantar nomes. Isso nós pretendemos fazer”, afirmou o chefe do Palácio de Ondina.
Anteontem, em entrevista à rádio Itapoan, o governador falou sobre as críticas que tem recebido da oposição, inclusive, do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), de cometer um estelionato eleitoral. O democrata argumenta que Rui “traiu” o eleitorado baiano, ao dizer que as finanças estaduais estavam em ordens e depois enviar um pacote para AL-BA, que corta cargos, extingue estatais e aumenta a contribuição do servidor público de 12% para 14% para a Previdência baiana.
“Desejo que ele possa trabalhar um pouco mais e esquecer a presidência do partido [ACM Neto também é comandante nacional do Democratas]. O cabra que é prefeito e presidente de um partido não sabe a hora que fala como prefeito e a hora que fala como presidente um partido. Como nunca fui nem pretendo ser presidente de um partido, eu só sei pensar em trabalhar e fazer o bem à população. Eu não fico com esse disse-me-disse da política que é próprio de quem se dedica mais ao partido do que à cidade. Então, não quero responder ao prefeito”, afirmou. Rui disse, ainda, que a decisão do prefeito de elevar o Imposto sobre a Propriedade Predial Urbana (IPTU) prejudicou a economia soteropolitana. “A gente não consegue achar um guindaste em Salvador construindo um prédio. A economia de Salvador foi paralisada. O comércio da Barra foi destruído. O comércio do Rio Vermelho se apagou também. Enfim, e a Bahia continua gerando emprego. Vamos gerar mais emprego agora na construção de cinco quilômetros do metrô. Mais 19 quilômetros do VLT. Vamos continuar investindo no nosso estado e na nossa cidade”, salientou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário