segunda-feira, 22 de abril de 2019

"Nunca vi o Supremo tão exposto como agora"


Por Osvaldo Lyra e Paulo Roberto Sampaio (Editor de Política e Diretor de Redação)
Jurista e magistrada baiana, além de ter sido a primeira mulher a compor o Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon tem opiniões fortes a respeito da crise institucional na qual o Supremo Tribunal Federal está envolvido atualmente. Para ela, a mais alta Corte do Brasil cometeu um grande erro ao censurar os sites O Antagonista e a revista Crusoé, além de deflagrar investigações contra cidadãos comuns baseadas em opiniões nas redes sociais. "Nunca vi o Supremo tão exposto como está agora", declara, em entrevista exclusiva à Tribuna. Ela diz que o presidente do colegiado, Dias Toffoli, deveria ter consultado os seus pares antes de dar o aval para a continuidade do processo. "Não é o Toffoli que se sente ofendido [quando se faz críticas ao STF]. Ele não pode agir como um cidadão qualquer, e sim em nome da Corte. E, para isso, era preciso que ele tivesse o aval do colegiado". Ainda no papo, Calmon se mostra favorável as investigações no Judiciário e relembra a famosa frase de que 'existem bandidos escondidos atrás de togas'. "Agora acho que ficou muito claro o que quis dizer. Disseram que foi muito 'forte' o que eu disse, mas hoje está claro que ela traduz muito forte o que acontece atualmente".
Tribuna da Bahia - Como a senhora está vendo essa crise entre o Ministério Público Federal e o Supremo Tribunal Federal?

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