A greve na Universidade Estadual da Bahia (UESB) foi encerrada. A decisão foi tomada pela assembleia da categoria, realizada no dia 12 de junho. Os docentes avaliaram que a greve, iniciada há mais de 60 dias, deveria ser finalizada, mas discordaram do termo de acordo enviado pelo governo na noite por entenderem que possui divergências em relação ao que foi combinado anteriormente. Os professores estarão à disposição da Universidade e a Assembleia indicou o retorno às aulas na segunda-feira (17). Caberá ao Conselho Superior e Reitoria da UESB definir o novo calendário acadêmico. A avaliação dos professores da UESB é de que eles buscaram de todas as formas arrancar o atendimento da pauta de reivindicações, mas o governo se mostrou extremamente inflexível. “O governo a todo momento se mostrou intransigente e truculento. Apesar disso, mostramos nossa disposição para luta, para enfrentar a política de Rui Costa, que ataca as universidades e o serviço público baiano. Conquistamos parte dos direitos trabalhistas, recursos para as Universidades e arrancamos a abertura do diálogo ainda em greve, pois há quatro anos o governo não nos recebia”, ressaltou Soraya Adorno, presidente da ADUSB.
O entendimento da categoria foi de que a greve deveria ser encerrada para aglutinar forças e fortalecer a mesa de negociação permanente, que será instalada 72h, após o término da greve. Os professores levarão ao governo a insatisfação com a proposta de escalonamento do pagamento dos salários cortados e a cobrança da retirada das faltas aplicadas pelo governo referente aos dias de greve. A Secretaria de Relações Institucionais indicou a primeira reunião da mesa para esta quinta (13). A reivindicações acordadas pós greve são, o envio de projeto de lei que permita até 900 promoções; liberação de R$ 36 milhões para o orçamento de investimento das quatro Universidades Estaduais e a instalação da mesa de negociação permanente em até 72h para discussão das demais reivindicações docentes.
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