Número de municípios do estado na lista dos 20 maiores produtores dobrou; São Desidério voltou a liderar ranking
Um recorde. Mais de 19 bilhões e 622 milhões de reais. Este foi o valor da produção agrícola baiana em 2018. É a soma de todos os valores gerados pela atividade no estado. Nunca este setor da economia baiana produziu tanto. Pelo menos é o que mostra a Pesquisa Agrícola dos Municípios (PAM) divulgada nesta quinta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O valor é 27,1% maior do que em 2017, e garantiu à Bahia a maior taxa de crescimento entre os estados brasileiros no período. Com esta evolução, o estado aumentou a participação na produção agrícola nacional. Subiu de 4,9% para 5,7% e se manteve na sétima posição no ranking nacional.
A pesquisa também aponta uma consolidação de alguns municípios baianos entre os maiores produtores nacionais. Agora dobrou o número de municípios do estado que figuram entre os 20 maiores produtores do Brasil. Correntina, Barreiras, Formosa do Rio Preto e São Desiderio estão na lista dos que mais produzem no país. Antes apenas São Desiderio e Formosa do Rio Preto estão nesta lista.
São Desiderio, inclusive, voltou a ocupar o lugar mais alto do pódio, depois de ter ficado os três últimos anos na vice-liderança. De acordo com a pesquisa, o município produziu 54,4% a mais em 2018 e gerou R$ 3,6 bilhões, representando sozinho 1,8% do valor gerado pela agricultura brasileira. O montante representa 18,5% do valor agrícola do estado.
Grãos e fibras
Todos os municípios que se destacam na pesquisa têm um fator em comum: a alta produção de grãos e fibras. Foram a soja e o algodão que sustentaram a economia destes municípios apesar de muitos terem enfrentado variações climáticas e longos períodos de estiagem.
A soja garantiu a São Desidério o posto de terceiro maior produtor do grão no país. O algodão faz do município o segundo no ranking nacional. E até a produção de milho, que registrou queda em outros lugares, teve aumento de 45% no município, chegando a 558 mil toneladas em 2018.
"O resultado teve a ver com uma conjunção de fatores, que vão do clima ao contexto internacional, principalmente das commodities que registraram um aumento da demanda externa e foram muito favorecidas do ponto de vista econômico", afirma Mariana Viveiros, analista do IBGE. "Foi um excelente resultado, super positivo, e que certamente vai se refletir no PIB do estado e dos municípios", completa. .
A PAM é uma das principais referências utilizadas por órgãos públicos e privados para planejar ações em áreas municipais. Informações como área colhida, rendimento médio das lavouras e quantidade produzida servem de parâmetro para traçar políticas públicas e ações de desenvolvimento econômico a médio e longo prazo. Muitos dados são utilizados até por instituições que fornecem serviços como financiamentos de novos negócios.
Fonte: Correio 24
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