segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Preços da Zona Azul de Porto Seguro provocam protestos e boicote


Boicote aos preços da Zona Azul deixa estacionamento vazios no centro de Porto Seguro 
A instituição dos chamados estacionamentos rotativos pagos, popularmente conhecidos por “Zona Azul”, não se constitui em novidade para proprietários de veículos automotores e habitantes de muitas cidades do Brasil. Contudo, onde quer que o sistema exista, ele sempre vem acompanhado de reclamações e muitas polêmicas. Em Jequié, a prefeitura regulamentou este mês, através Lei Municipal, o denominado “Rotativo Jequié”, que deverá ser explorado em breve por empresa concessionária, ganhadora de licitação pública.
Caso recente, em Porto Seguro, roteiro turístico da Costa do Descobrimento, foi implantada a Zona Azul e o assunto já faz parte dos temas polêmicos da cidade. Num frontal protesto à implantação do serviço, ruas do centro de Porto Seguro têm ficado vazias. A queixa é que com a cobrança do estacionamento [R$ 4 a hora para carros com placas de outras cidades e R$ 2 por hora para placas da cidade] moradores que usam carro para se dirigirem ao centro deixaram de frequentar o local.
No último dia 17, o plenário da Câmara de Vereadores daquele município, foi palco de um protesto que envolveu comerciantes, motoristas e comerciários. Os donos de lojas reclamaram da queda das vendas, e os motoristas, do preço do estacionamento. O deputado estadual Jânio Natal que já foi prefeito da cidade e tem base política na região, acionou a prefeitura de Porto Seguro, pedindo a suspensão da cobrança do estacionamento Zona Azul.  No pedido de liminar, o parlamentar pede que em caso de desobediência, a prefeita Cláudia Oliveira arque com multa de R$ 100 mil.
A prefeitura de Porto Seguro se defende afirmando que os preços cobrados pelo estacionamento nas ruas está dentro do praticado em outras cidades. “O valor é R$ 2,80 na primeira hora, caindo para R$ 2,10 na segunda hora. Em Salvador é R$ 3 a hora. Os R$ 4 são para quem tem carro com placa de fora”, explica  Josemar Siquara, chefe de gabinete da prefeita.  Cláudia Oliveira.
Um comerciante da zona urbana central de Porto Seguro diz que, “Ninguém está estacionando. É uma forma de protesto, de repudiar esse preço abusivo. Se você for em Eunápolis a 63 quilômetros daqui é R$ 2 e aqui chegar a R$ 4”. Ele conta que com a zona azul o custo na cidade fica ainda maior. “Porto Seguro é conhecida por aplicar preços altos em combustíveis, tem o preço de gasolina entre os mais caros do país. Desse jeito vou vender o carro e andar de Uber”, esbravejou. (Com informações do Bahia Notícias)

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