Um homem de 22 anos, identificado como Lucas Grudzien, afirma que foi estuprado por um padre da igreja que frequentava quando era adolescente em Guarujá, no litoral de São Paulo. De acordo com informações do G1 São Paulo, o caso aconteceu quando Lucas tinha 15 anos e era coroinha da igreja. A defesa do padre nega as acusações e a Diocese destaca que o inquérito policial instaurado pelo Ministério Público foi arquivado.
Em entrevista ao G1 SP, Lucas falou que sonhava em ser padre e que frequentava a igreja católica desde pequeno. "Fui batizado ainda bebê, com nove anos fiz a primeira comunhão e aos 12 anos comecei a fazer o curso para ser coroinha. Essa foi a época em que o padre Felipe se formou e passou a atuar na paróquia que eu frequentava, a Paróquia Senhor Bom Jesus", diz.
O jovem contou que tudo começou quando o religioso, Edson Felipe Monteiro Gonzalez, foi até a cada dele e o convidou para trabalhar na secretaria da paróquia. Ele começou a exercer a função em maio de 2012.
"Antes disso, eu já servia com ele no altar, mas ele nunca tinha feito nada, apenas algumas perguntas sobre a minha intimidade. Mas, com o tempo, ele começou com uma aproximação maior. Me perguntava se eu já tinha beijado alguém e falava que eu deveria experimentar ficar com menino também. Só que como ele era padre, nunca me passou pela cabeça que ele faria algo comigo".
Depois de um tempo, Lucas disse ao G1 SP ficou um tempo a mais na secretaria a pedido do padre (que também pediu autorização aos pais dele). "Ele me chamou para assistir um filme com ele. Eu fui. Ele pediu para eu me sentar ao lado dele, momento que colocou a minha cabeça no colo dele e começou a passar a mão pelo meu corpo, acariciando. Fiquei muito assustado, não sabia o que fazer".
Lucas Grudzien revelou que após esse dia os abusos continuaram por cerca de um ano, o que prejudicou seu rendimento na escola e também seu psicológico (ele disse que ficou agressivo e depressivo), mas que ele tinha receio de denunciar. "Sempre que acabava o ato ele dizia que Deus sabia o que estava acontecendo e que concordava. Ele também falava que ninguém podia saber disso. Cheguei a tentar me matar".
Segundo o G1 São Paulo, o pai de Lucas tomou conhecimento da situação, após ver conversas do padre com o filho em redes sociais, e denunciou ao Ministério Público. "Um inquérito criminal foi arquivado, porque pela idade não considera-se mais estupro de vulnerável. Em 2014, em conversa com o então vigário, ele disse para os meus pais tomarem cuidado, se não eu seria conhecido como 'comida de padre'. Mas as advogadas estão entrando com mais uma ação cível de reparação contra a igreja", explicou Lucas.
Depois de um tempo, Lucas disse ao G1 SP ficou um tempo a mais na secretaria a pedido do padre (que também pediu autorização aos pais dele). "Ele me chamou para assistir um filme com ele. Eu fui. Ele pediu para eu me sentar ao lado dele, momento que colocou a minha cabeça no colo dele e começou a passar a mão pelo meu corpo, acariciando. Fiquei muito assustado, não sabia o que fazer".
Lucas Grudzien revelou que após esse dia os abusos continuaram por cerca de um ano, o que prejudicou seu rendimento na escola e também seu psicológico (ele disse que ficou agressivo e depressivo), mas que ele tinha receio de denunciar. "Sempre que acabava o ato ele dizia que Deus sabia o que estava acontecendo e que concordava. Ele também falava que ninguém podia saber disso. Cheguei a tentar me matar".
Segundo o G1 São Paulo, o pai de Lucas tomou conhecimento da situação, após ver conversas do padre com o filho em redes sociais, e denunciou ao Ministério Público. "Um inquérito criminal foi arquivado, porque pela idade não considera-se mais estupro de vulnerável. Em 2014, em conversa com o então vigário, ele disse para os meus pais tomarem cuidado, se não eu seria conhecido como 'comida de padre'. Mas as advogadas estão entrando com mais uma ação cível de reparação contra a igreja", explicou Lucas.
Lucas disse que o padre mantinha conversas com ele via WhatsApp — Foto: reprodução / G1 SP |
Em nota ao G1 São Paulo, a Diocese de Santos, responsável pela administração da Paróquia Senhor Bom Jesus, afirma que, sobre a denúncia contra o padre Edson Felipe Monteiro Gonzalez, o Bispo Diocesano de Santos, D. Tarcísio Scaramussa, ao saber do ocorrido, iniciou, imediatamente, a investigação prévia, em 2 de outubro de 2016, de acordo com as normas canônicas, e decretou o afastamento cautelar do padre do exercício do ministério sacerdotal. Toda a documentação relativa à investigação prévia foi enviada à Congregação para a Doutrina da Fé, em Roma, no dia 01 de novembro de 2016.
Ainda segundo o G1 SP, o processo administrativo movido pela Congregação para a Doutrina da Fé, o qual o Bispo Diocesan ficou responsável, resultou na Penalidade Canônica de afastamento do Exercício Público do Ministério Sagrado por 5 anos. Após esse período, a Congregação para a Doutrina da Fé decidirá sobre os encaminhamentos seguintes e qual será a decisão final.
A Diocese explicou ao G1 SP que o inquérito policial instaurado pelo Ministério Público foi arquivado, sem oferecimento de denúncia.
"Atualmente, Pe. Edson Felipe Monteiro Gonzalez realiza trabalhos técnicos, junto ao DEPIM (Departamento do Patrimônio Imobiliário da Diocese). O trabalho que realiza é pertinente com sua formação de Arquiteto. Recebe côngrua, conforme prescrito pelo Código de Direito Canônico (Cân. 1350, § 1). Ele está afastado do exercício público do ministério sacerdotal, e não exerce nenhuma atividade correspondente a este ministério", explicou o Bispo.
Já o advogado do padre Felipe afirmou que os elementos e depoimentos reunidos durante a investigação não demonstravam nada de ilícito. "O Ministério Público instaurou inquérito e apurou que não havia nenhum indício de cometimento de crime, portanto, não deveria haver ação penal. O inquérito foi arquivado e o caso foi extinto".
Fonte: G1
Ainda segundo o G1 SP, o processo administrativo movido pela Congregação para a Doutrina da Fé, o qual o Bispo Diocesan ficou responsável, resultou na Penalidade Canônica de afastamento do Exercício Público do Ministério Sagrado por 5 anos. Após esse período, a Congregação para a Doutrina da Fé decidirá sobre os encaminhamentos seguintes e qual será a decisão final.
A Diocese explicou ao G1 SP que o inquérito policial instaurado pelo Ministério Público foi arquivado, sem oferecimento de denúncia.
"Atualmente, Pe. Edson Felipe Monteiro Gonzalez realiza trabalhos técnicos, junto ao DEPIM (Departamento do Patrimônio Imobiliário da Diocese). O trabalho que realiza é pertinente com sua formação de Arquiteto. Recebe côngrua, conforme prescrito pelo Código de Direito Canônico (Cân. 1350, § 1). Ele está afastado do exercício público do ministério sacerdotal, e não exerce nenhuma atividade correspondente a este ministério", explicou o Bispo.
Já o advogado do padre Felipe afirmou que os elementos e depoimentos reunidos durante a investigação não demonstravam nada de ilícito. "O Ministério Público instaurou inquérito e apurou que não havia nenhum indício de cometimento de crime, portanto, não deveria haver ação penal. O inquérito foi arquivado e o caso foi extinto".
Fonte: G1
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