terça-feira, 5 de maio de 2020

Cremeb aciona MP-BA, MPT e secretarias de Saúde para garantir EPI's aos médicos

João Oliveira Wenceslau Guimarães-BA

(Foto: Reprodução / A Tarde)



Apenas durante o mês de abril, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) enviou 77 ofícios a entidades públicas a fim de garantir as condições dignas de trabalho aos médicos que atuam no combate ao novo coronavírus. As denúncias que embasaram os ofícios e indicaram as debilidades das unidades de saúde foram formuladas pelos próprios profissionais através do canal criado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), exclusivamente para essas reclamações.
De acordo com a entidade baiana, as denúncias se referem à falta de Equipamento de Proteção Individual, os EPI's, e demais falhas na infraestrutura de unidades de saúde públicas e privadas. Todas essas queixas estão sendo encaminhadas ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para que os órgãos tenham ciência da situação a que os trabalhadores da classe médica estão submetidos e possam tomar as providências cabíveis.
Caso se trate de uma unidade pública, os ofícios também são encaminhados às secretarias municipais ou estadual de Saúde, além dos respectivos diretores técnicos. 
O Cremeb destaca que, a partir dessas medidas, colabora também com a sociedade ao cobrar das autoridades públicas um cuidado mínimo com os médicos e demais profissionais da área. “Apesar das dificuldades estruturais, os médicos seguem combatentes e atuantes na linha de frente. Mas, o Conselho seguirá veemente na cobrança por melhorias e condições mínimas de trabalho, pois precisamos cuidar de quem está cuidando da população”, comenta o conselheiro e diretor do Departamento de Fiscalização do Cremeb, Otávio Marambaia.
Dos 77 ofícios referentes às reclamações de abril, aproximadamente 29% são referentes a unidades de saúde sediadas em Salvador (22 postos). Há também reclamações em cidades do Sul do estado, como Ilhéus e Itabuna, e na Região Metropolitana (RMS), a exemplos de Lauro de Freitas e Camaçari. Outras regiões do estado, como a Chapada Diamantina e o Recôncavo, também apresentaram dificuldades em prestar as condições ideais de trabalho aos profissionais médicos.

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