quarta-feira, 2 de setembro de 2020

39 cidades paulista têm Câmaras que custam mais que arrecadação municipal

João Oliveira, Wenceslau Guimarães-BA

(Foto: Prefeitura Municipal de Aspásia - Com 1. 800 habitantes, Aspásia, no noroeste paulista, é o município com maior déficit de arrecadação)



Um estudo revela que 39 cidades de São Paulo têm hoje Câmaras de Vereadores que custam mais aos cofres públicos do que os próprios municípios arrecadam. As informações são da Maju Arruda Leite, da Rádio Bandeirantes. 

O levantamento do Tribunal de Contas do estado se baseou nos gastos de custeio e pessoal das casas legislativas de 644 localidades. A capital não faz parte do mapeamento por ter o próprio órgão fiscalizador.

Os dados consolidados dizem respeito ao período de maio de 2019 a abril de 2020; anterior, portanto, a queda de arrecadação motivada pela pandemia.

As Câmaras são mantidas com o dinheiro de impostos, como o IPTU, por exemplo. Municípios onde a população é inferior a seis mil habitantes são as que mais excedem o valor arrecadado.

Segundo o diretor da Divisão de Auditoria Eletrônica do Tribunal de Contas, Marcos Portella, sem os repasses estaduais e federais, essas cidades quebrariam.

Com 1. 800 habitantes, Aspásia, no noroeste paulista, é o município com maior déficit de arrecadação em relação às despesas da Câmara. 

Os gastos da Casa com 9 vereadores totalizam mais de R$ 720 mil reais - 202% maior do que o valor arrecadado com impostos. 

Para o secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castelo Branco, os custos do legislativo nas cidades pequenas deveriam ser revistos. 

O custo do Poder Legislativo nos municípios do estado de São Paulo somou quase R$ 3 bilhões de 12 meses.




Fonte:  Band

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