A falta de reconhecimento profissional é uma das grandes dores dos trabalhadores brasileiros. É fonte constante de desmotivação e estresse na rotina do trabalho e afeta diretamente no desempenho e resultado de cada um. Proponho entendermos um pouco mais como isso acontece e desenhar estratégias e soluções para minimizar este impacto na sua rotina, com um exercício no PDF que pode ser abaixado agora ou no link ao final deste artigo.
Uma pesquisa realizada pelo ISMA-BR (International Stress Management Association) mostrou que 89% dos entrevistados - profissionais ativos entre 25 e 60 anos das capitais São Paulo e Porto Alegre - sofrem com a falta de reconhecimento no trabalho. Uma outra fonte, o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), mostrou que afeta também os jovens que entraram recentemente no mercado de trabalho: 57% dos entrevistados sofrem com falta de reconhecimento e enxergam este ponto como a principal causa da insatisfação com o emprego atual.
Segundo a presidente do ISMA-BR, Ana Maria Rossi, em tempos de restrição econômica, onde é difícil a perspectiva de uma promoção e o funcionário está com sobrecarga de trabalho devido aos cortes, o reconhecimento é uma maneira de manter a motivação e uma “garantia”. Assim aumenta a autoestima e a segurança do funcionário quanto aos pensamentos constantes de uma possível demissão.
Isso por si só ajuda a manter a motivação e disposição da sua equipe em tempos difíceis, e é um ponto que trabalho forte com meus clientes de Coaching, desde que feito com integridade 100% da palavra e sem qualquer forma de manipulação. Lidamos com pessoas, que possuem expectativas, sonhos, problemas, família, assim como eu e você.
Pelas pesquisas e estatísticas, vemos que a falta de reconhecimento é bastante ampla, e não uma “maldade” específica do seu chefe ou da sua empresa, exclusivamente com você. Já entrevistei mais de 1500 pessoas pessoalmente e mesmo os “chefes” sentem-se não reconhecidos pelos superiores deles.
No meu trabalho como Coach de Carreira, a primeira coisa que aprendi é que ninguém tem o poder de mudar o outro. O outro só muda quando ele mesmo quer. Podemos apenas mudar a nós mesmos.
Se você tem um gestor ou trabalha em uma empresa que não o reconhece, investiu toda a energia que julga já ser suficiente e mesmo assim não tem o progresso ou retorno que deseja, pode sim ser hora de buscar esse crescimento fora. Se a sua empresa ou seu gestor age dessa forma e você não enxerga solução, não está em suas mãos.
Por outro lado, como podemos mudar somente a nós mesmos, quero trabalhar com você a parte que está em suas mãos e você tem ação direta sobre ela. Pode parecer óbvio para algumas pessoas, no entanto, muitos dos gestores e profissionais com os quais trabalho do desenvolvimento, deixam de se avaliar de forma mais específica e utilizam apenas uma abordagem mais genérica sobre seus resultados e desempenho.
Sempre temos pontos de melhora e o exercício a seguir pode ajudá-lo a identificar alguns pontos cegos. Muitas vezes não é fácil olhar para nós mesmos e perceber que podemos sim melhorar, por isso, se permitir, peço que encare como forma de aprendizado e crescimento, para colocar em prática ainda hoje.
Fatores de Sucesso: os 04 Pilares
Desempenho x Resultado
Desempenho é diferente de resultado. E muitos profissionais confundem ou não tem isso muito claro.
Desempenho é você ser pontual, não ter faltas, fazer o que pedem, ter um bom relacionamento com a sua e outras áreas, ser colaborativo, criativo, opinativo e estar em dia com seu trabalho.
Isso por si só não vai garantir resultados e nem reconhecimento.
O mais importante para a empresa são os resultados numéricos. E para a empresa, o propósito dela é gerar lucro. O resultado dela é medido em dinheiro. E como você será avaliado no quesito resultado será em como contribuiu para o resultado da sua empresa, trazendo mais dinheiro, savings ou melhorias que implementou.
Segundo Max Gehringer, o resultado é “onde você chegou”. O desempenho é “como você chegou”.
Em suma, não adianta ter um ótimo desempenho, sem apresentar resultados concretos.
Exercício: faça agora em um papel ou imprima o PDF e avalie de 0 a 10 qual o seu desempenho e também de 0 a 10 qual o seu resultado concreto hoje.
Capacidade x Estratégia
Outro ponto que trabalho com meus clientes é se a capacidade que eles têm está alinhada com a estratégia, cultura, valores e o que a empresa espera dele.
A capacidade corresponde às suas habilidades, conhecimentos e competências para realizar o trabalho que precisa desempenhar.
A estratégia está relacionada com o que a empresa preza como importante, sua cultura e o que a empresa espera de você e do seu trabalho.
Avalie agora também de 0 a 10 a sua capacidade conforme descrito acima para desempenhar sua função e o quanto está alinhado na sua rotina e dia-a-dia com a estratégia da empresa.
Estes 04 pilares precisam estar alinhados. Se você percebeu defasagem (mais baixo que os outros) em algum ou alguns deles, trabalhe para melhorá-lo(s). Se eles estão alinhados, como você pode fazer para subir um nível em todos eles?
Escreva no mínimo 1 e no máximo 3 ações que pode colocar em prática o quanto antes, se possível hoje, para melhorar os seus 04 pilares.
Esse exercício não levará mais do que 5 minutos e, acredite, pode trazer insights poderosos para melhorar ainda mais seus resultados e o seu reconhecimento dentro da sua empresa! Rumo ao seu próximo nível! Faça o download do PDF aqui.
Publicado por
ERIC ARRUDA
Eric Arruda atua como Coach, Treinador e Palestrante, trabalha com desenvolvimento de pessoas e carreiras. É Idealizador do Método Ir que impactou milhares de pessoas a encontrarem seus caminhos profissionais e estarem alinhadas com o que querem para suas vidas. É também criador e treinador da Especialização em Sabotadores, da Formação em Análise de Perfil Comportamental e Formação de Coaching, de Carreira e Empresas. É certificado Master Coach, Master Coach de Carreira e Coach Criacional, tem 5 certificações nacionais e internacionais em Análise de Perfil Comportamental, certificação em Coaching Executivo, PNL e Autossabotagem. Foi Coach voluntário na Comunidade Terapêutica Reviver, ajudando pessoas em recuperação a reconstruírem suas histórias e faz palestras voluntárias em escolas, ajudando jovens nas escolhas de suas carreiras profissionais. Desde 2017 é membro do Conselho do Instituto o Bem Nunca Para, ONG que distribui cestas básicas no Brasil todo e faz processos de coaching com as famílias para que possam sair das situações de risco alimentar. Engenheiro Mecânico pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), tem experiência na indústria (AmBev), área comercial e startups (Franklin Fueling) e como Consultor de Recrutamento de executivos (HAYS).
(Foto: Andrea Piacquadio no Pexels)
João Oliveira, Wenceslau Guimarães - BAHIA
Fonte: https://www.contabeis.com.br/artigos/6651/serie-autossabotagem-4-voce-nao-e-reconhecido-no-seu-trabalho/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
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