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O candidato a soldado da Polícia Militar Egberto Oliveira de Jesus Filho, 31 anos, que morreu após o Teste de Aptidão Física (TAF) da corporação, apresentou problemas nos exames médicos exigidos pela corporação antes de realizar a avaliação. Segundo informações do jornal Correio, foi identificado um bloqueio no sistema elétrico do coração em seu eletrocardiograma. Durante a execução do TAF, Egberto, que era cobrador de ônibus e estudava História na Ufba, desmaiou e deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Roma com quadro de desidratação e arritmia cardíaca. Sua irmã, Evânia dos Santos, informou em entrevista à TV Bahia, que ele receava ser desqualificado por conta do resultado do exame, mas afirmou que "o médico malmente olhou e me liberou”. De acordo com o coronel Gilson Santiago, diretor do Departamento de Comunicação Social da PM, as clínicas onde foram realizados os exames é que são obrigadas a contra-indicar a realização do teste, não a corporação. O edital do concurso, no entanto, determina que também cabe à Junta Militar Especial de Saúde (JMES) a responsabilidade de desabilitar candidatos para realização do TAF. A noiva de Egberto, Ana Marx, 34, acredita que houve negligência por parte da PM. “Não vai ficar por isso mesmo. Não atenderam ele direito”, afirmou no sepultamento do cobrador, realizado nesta quinta-feira (23) no Cemitério Municipal de Brotas. Seu pai, Egberto Oliveira de Jesus, também quer um posicionamento da PM sobre o assunto. “Ele tentou me fazer uma surpresa. Sempre procurou estudar para ser mais do que era”. A família vai ajuizar uma ação contra a PM por negligência, disse seu primo, Roberto Almeida. Segundo candidatos que realizavam a prova junto com Egberto, ele já estava no último dos sete exercícios do TAF, ao final de uma prova de corrida de 2,4 mil metros. “Faltavam 20 metros para ele completar a prova quando caiu. Estava muito sol e a gente estava bem tenso”,contou um deles, que preferiu não se identificar.