O
metrô calça curta
Antes eram os burros de carga, as carroças, os bondes, veio o Elevador Lacerda, as marinetes, os ônibus e depois prometeram o metrô. Primeiro ele percorreria 12 quilômetros, lá no começo, em 1999, na gestão do então prefeito Antônio Imbassahy (PSDB), que deixou pra João Henrique concluir (PP), a joça cresceu e virou elefante branco, bicho caríssimo. Agora, 12 anos depois, a cidade cobra a conta que segundo cálculo do Ministério Público Federal (MPF) já passa de RS 1 bilhão. É barril ou não é?
O caminho se encurtou: o que antes eram 12 se transformou em seis quilômetros e meio de extensão, o rascunho de metrô passou por testes do Acesso Norte até a Estação da Lapa, com promessa do custo de passagem a R$ 2,50. Tudo isso em dezembro de 2011, quando o prefeito também prometeu que até o segundo semestre de 2012 o metrô já estaria rodando cheinho de passageiros. Estamos no aguardo, Vossa Excelência... Já até apelidaram o meio de transporte de "metrô calça curta", mas isso não é novidade pra senhor ninguém.
Antes eram os burros de carga, as carroças, os bondes, veio o Elevador Lacerda, as marinetes, os ônibus e depois prometeram o metrô. Primeiro ele percorreria 12 quilômetros, lá no começo, em 1999, na gestão do então prefeito Antônio Imbassahy (PSDB), que deixou pra João Henrique concluir (PP), a joça cresceu e virou elefante branco, bicho caríssimo. Agora, 12 anos depois, a cidade cobra a conta que segundo cálculo do Ministério Público Federal (MPF) já passa de RS 1 bilhão. É barril ou não é?
O caminho se encurtou: o que antes eram 12 se transformou em seis quilômetros e meio de extensão, o rascunho de metrô passou por testes do Acesso Norte até a Estação da Lapa, com promessa do custo de passagem a R$ 2,50. Tudo isso em dezembro de 2011, quando o prefeito também prometeu que até o segundo semestre de 2012 o metrô já estaria rodando cheinho de passageiros. Estamos no aguardo, Vossa Excelência... Já até apelidaram o meio de transporte de "metrô calça curta", mas isso não é novidade pra senhor ninguém.
Comemorar mesmo só as piadas que fazem Brasil afora com a situação vexatória do
tal metrô: Salvador, maior capital do Nordeste e terceira maior do país, cidade
com quase três milhões de habitantes não tem metrô e se tem é calça curta. Ah, e
não é subterrâneo, viu? Durma com um barulho desses...
Pelô que dá e deixa
É, minha nega, se você vier a Salvador é bom mesmo dar uma passadinha no Pelourinho, assim como fez a equipe do Bahia 247 no final do ano passado. Lá, o turista pode comprovar por A + B o abandono do Centro Histórico da cidade. São ruas tomadas por lixo, marginais e usuários de crack por todos os lados, sem falar nos bares e restaurantes, sempre vazios. A insegurança impera nas ladeiras, nos becos, vielas, ali na Praça da Sé, no Largo Pedro Arcanjo e Praça Tereza Batista.
Seja alemão, paulista, carioca ou espanhol, turista nunca passa desapercebido no Pelô, tem sempre um pedinte ou um vendedor ambulante inconveniente para encher a paciência do visitante. Os passeios terão sempre um pagodão como som ambiente e o cheiro de urina estará quase sempre impregnado no ar.
Violência também...
É, minha nega, se você vier a Salvador é bom mesmo dar uma passadinha no Pelourinho, assim como fez a equipe do Bahia 247 no final do ano passado. Lá, o turista pode comprovar por A + B o abandono do Centro Histórico da cidade. São ruas tomadas por lixo, marginais e usuários de crack por todos os lados, sem falar nos bares e restaurantes, sempre vazios. A insegurança impera nas ladeiras, nos becos, vielas, ali na Praça da Sé, no Largo Pedro Arcanjo e Praça Tereza Batista.
Seja alemão, paulista, carioca ou espanhol, turista nunca passa desapercebido no Pelô, tem sempre um pedinte ou um vendedor ambulante inconveniente para encher a paciência do visitante. Os passeios terão sempre um pagodão como som ambiente e o cheiro de urina estará quase sempre impregnado no ar.
Violência também...
Mas Salvador não vive
apenas de engarrafamentos intermináveis. O cantinho de Jorge Amado também se
abastece de violência diária, roubos, assaltos, sequestros e mortes. A
cidade assiste ao crescimento dos roubos a ônibus aumentar de 974 para 1433 em
um ano. Ao passo que o número de homicídios teve uma redução de 6,8%, as
tentativas de homicídio passaram de 776 ocorrências em 2010 para 997 no ano
passado.
Pra piorar a situação, a Polícia Militar da Bahia deflagrou greve no mês de fevereiro deste ano, um movimento que durou 12 dias e trouxe prejuízos incontáveis para a população: lojas saqueadas, assaltos e muitos homicídios na capital do acarajé, mais precisamente 180, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado. O clima de tensão vivido pela população soteropolitana às vésperas do carnaval serviu também para ratificar a fragilidade da segurança tanto na capital quanto no interior. O maior calo do prefeito João Henrique e do governador Jaques Wagner, sem sombra de qualquer dúvida.
Pra piorar a situação, a Polícia Militar da Bahia deflagrou greve no mês de fevereiro deste ano, um movimento que durou 12 dias e trouxe prejuízos incontáveis para a população: lojas saqueadas, assaltos e muitos homicídios na capital do acarajé, mais precisamente 180, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado. O clima de tensão vivido pela população soteropolitana às vésperas do carnaval serviu também para ratificar a fragilidade da segurança tanto na capital quanto no interior. O maior calo do prefeito João Henrique e do governador Jaques Wagner, sem sombra de qualquer dúvida.
Banho de sujeira
Quem
sempre ouviu Dorival Caymmi cantar que era bom passar uma tarde em Itapuã, lá
pelos idos de 1940, hoje já não tem a mesma sorte de desfrutar das belezas
naturais do bairro boêmio. Atualmente, quase ninguém se arrisca a tomar um banho
nas praias de Salvador que vivem entulhadas e cobertas de lixo, muito por falta
de educação da população, justiça seja feita. O simples ato de jogar resíduos
sólidos em via pública é um dos fatores que agravam problemas como o entupimento
de canais de escoamento e a drenagem precária.
Na Ribeira, na Barra, em
Ondina, em Itapuã, Amaralina ou em Stella Maris, as praias da capital fazem
vergonha. Salvador conta com uma orla degradada, sem estrutura alguma, perde de
goleada para as orlas de cidades menores do Nordeste como Maceió e Aracaju.
Mergulhar em praias soteropolitanas é correr risco de se deparar com latas de
cerveja, refrigerante, sacos plásticos e presentes para Iemanjá, a rainha do
mar. Vai um colar de pérolas falsificado ou um vidro de alfazema dos mais
baratinhos?
Ah, antes que esqueçamos, Salvador é uma cidade que não combina
com fortes chuvas; aqui é assim: choveu, alagou, deslizou terra e travou o
trânsito. Sem falar na população que vive nas encostas, todo ano é a mesma
história – centenas de pessoas morrem vítimas dos deslizamentos de terra ou
perdem suas casas, arrastadas pelas chuvas. São Pedro continua terminantemente
proibido de atuar por essas bandas de cá...É da conta de quem?
Não bastasse tudo que já foi explicitado durante
a matéria, a cidade que abriga todos os orixás também tem um dos prefeitos mais
mal avaliados do Brasil. Durante os quase oito anos de gestão de João Henrique,
as águas rolaram, o lixo acumulou, a violência aumentou, a saúde piorou e a
educação deseducou. O filho do senador João Durval Carneiro (PDT) trocou de
secretariado, de partido, de mulher e de convicções, só não conseguiu mudar os
rumos da capital e aprovar (por enquanto) as contas de sua gestão no ano de 2010. Mas, essa é uma questão
que fica pra uma próxima matéria.
Fosse você Thomé de Souza, se reviraria ou não no túmulo? Deixa pra lá, melhor não meter os mortos nesta festa pobre que "os homens armaram pra nos convencer".
Fosse você Thomé de Souza, se reviraria ou não no túmulo? Deixa pra lá, melhor não meter os mortos nesta festa pobre que "os homens armaram pra nos convencer".
Fonte: Bahia247
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