sexta-feira, 11 de maio de 2012

Arcebispo Dom Murilo Krieger aceita convite da APLB para ajudar a resolver impasse entre professores e governo

Representantes dos professores grevistas da Bahia estiveram reunidos na tarde desta quinta-feira com o arcebispo primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, que aceitou intermediar as negociações com o governo em busca de um fim para a greve que já dura 29 dias. A categoria foi recebida na sede da Arquidiocese de Salvador.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (APLB-Sindicato), Rui Oliveira, o arcebispo prometeu entrar em contato imediatamente com o governo e espera dar uma resposta aos professores até, no máximo, segunda-feira.
O APLB convidou o arcebispo para ser o mediador por meio de uma correspondência oficial enviada à Igreja Católica baiana. Após aceitar o convite, o bispo solicitou saber com detalhes a situação da greve, em especial o conteúdo da proposta do sindicato, com as explicações para os aumentos propostos e as recentes aprovações de lei.
Pela manhã, o movimento grevista, que está acampado na Assembleia Legislativa da Bahia, fez uma nova reunião para avaliar os rumos da paralisação e decidiu novamente manter a greve. As bases do impasse entre docentes e governo continuam as mesmas desde o início do movimento: professores pedem aumento de 22,22% para todos os níveis salariais e, do outro lado, a gestão pública alega não ter como bancar o reajuste.
Dom Murilo Krieger teve atuação destacada em mediação de situações polêmicas de greve durante o movimento dos policiais militares no mês de fevereiro. O religioso participou ativamente das mesas de negociações e tinha facilidade de trânsito entre governo e patrulheiros paralisados. Diante da influência política do religioso e do alegado silêncio da administração pública no que tange às negociações, o APLB pediu ajuda à Arquidiocese e foi atendido.
Além de Dom Murilo, o sindicato também pediu o mesmo apoio ao Ministério Público da Bahia. Os grevistas participaram de uma reunião há cerca de 15 dias na sede do órgão, no bairro de Nazaré, na qual explicaram aos promotores os motivos da paralisação. Entretanto, até hoje não houve uma resposta sobre apoio na mediação por parte do órgão.

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