O governo brasileiro
oferece anualmente cerca de US$ 500 milhões em crédito (R$ 1,2 bilhão)
para Cuba comprar produtos e serviços brasileiros. Somente até setembro
do ano passado, o governo desembolsou US$ 152,7 milhões pelo BNDES, mais
US$ 221,2 milhões pelo Banco do Brasil. Além disso, o Ministério do
Desenvolvimento Agrário disponibilizou uma linha anual de US$ 70 milhões
do programa Mais Alimentos Internacional. O dinheiro será gasto na
compra de produtos agrícolas brasileiros. Com uma população equivalente
ao estado do Rio Grande do Sul (11 milhões de habitantes), Cuba foi no
ano passado o terceiro maior destino de financiamento do BNDES para a
exportação de bens e serviços brasileiros. Com a Venezuela afundada em
sua própria crise e reduzindo a ajuda econômica, o crédito brasileiro
tem sido muito bem vindo para Cuba. No momento, o principal projeto
brasileiro em Cuba é a construção do porto Mariel, a 45 km de Havana. A
obra será tocada pela Odebrecht. O investimento no projeto é de US$ 957
milhões, sendo US$ 682 milhões financiados pelo BNDES, que liberará a
verba ao longo de vários anos. A primeira fase da obra será inaugurada
nesta segunda-feira, 27, pela presidente Dilma Rousseff, que chegou à
ilha no último domingo, 26. Mais de 300 empresas brasileiras têm
negócios em Cuba, a maioria utiliza recursos do BNDES ou do Banco do
Brasil. Além do porto de Havana, a Odebrecht tem mais dois grandes
projetos em Cuba: a ampliação do aeroporto de Havana, orçada em US$ 200
milhões (sendo que US$ 150 milhões seriam financiados pelo BNDES) e a
parceria com o governo cubano para produção de etanol (US$ 120 milhões).
(Fonte: Opinião e Notícia)
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