Três
engenheiros ouvidos pela reportagem concordaram: o choque da caçamba do
caminhão foi suficiente para derrubar a passarela da Linha Amarela, sem
que, necessariamente, ela tivesse alguma falha estrutural. O fato de o
caminhão trafegar a 85 quilômetros horários fez com que o peso jogado
contra a estrutura fosse de, aproximadamente, cem toneladas, o que faria
tombar qualquer passarela metálica, de acordo com eles, ou até mesmo
uma de concreto. O engenheiro de transportes Luiz Carneiro, diretor do
Clube de Engenharia, levantou três hipóteses para o acidente: de o
motorista ter alçado a caçamba para esconder a placa, uma vez que
dirigia na Linha Amarela antes do horário permitido; de ter acionado,
acidentalmente, a elevação da caçamba, e não ter percebido ou tido tempo
para abaixá-la, e ainda de a caçamba ter subido por um defeito
mecânico. "Não havia nenhum motivo para ele estar com a caçamba para
cima", afirmou. De acordo com Caneiro, a passarela não foi - e não tem
mesmo de ser - dimensionada para esse tipo de colisão. "Se fosse,
estaria superdimensionada, seria um gasto de dinheiro à toa." Ele e
outros dois especialistas calcularam em 15 ou 20 toneladas o peso da
ponte para pedestres.
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