Fotos: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O
custo dos estádios para a Copa do Mundo já supera em mais de três vezes
o valor informado pela CBF à Fifa quando o Brasil apresentou seu
projeto para sediar o Mundial. Cópia do primeiro levantamento técnico da
Fifa sobre o País, fechado em 30 de outubro de 2007 e obtido pelo
jornal "O Estado de S. Paulo", informava que as arenas custariam US$ 1,1
bilhão, cerca de R$ 2,6 bilhões. A última estimativa oficial, porém, dá
conta de que o valor chegará a R$ 8,9 bilhões. O informe foi produzido e
assinado por Hugo Salcedo, que coordenou a primeira inspeção no País
entre agosto e setembro de 2007. Na época, a Fifa considerou que o
orçamento havia sido "bem preparado" e que "não havia dúvidas" sobre o
compromisso do Brasil de atender às exigências da entidade. "A CBF
atualmente estima que os investimentos relacionados com a construção e
reformas de estádios estão em US$ 1,1 bilhão", escreveu a Fifa em seu
informe. Curiosamente, a entidade esteve em apenas cinco das 18 cidades
que naquele momento brigavam para receber a Copa. Das que acabariam
escolhidas, não foram visitadas Fortaleza, Recife, Salvador, Natal,
Curitiba, Cuiabá e Manaus. A Fifa, já na época, não disfarçava que o
trabalho de reforma e construção dos estádios seria um desafio. "Os
padrões e exigências da Fifa vão superar em muito qualquer outro evento
realizado na história do Brasil em termos de magnitude e complexidade.
Nenhum dos estádios no Brasil estaria em condições de receber um jogo da
Copa nos atuais estados", alertou em 2007. "A Fifa deve prestar uma
especial atenção nos projetos." O time de inspeção ainda fez um alerta
sobre o Maracanã. "Não atende às exigências. Um projeto de renovação
mais amplo teria de ser avaliado."
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