Na
segunda edição do rolezinho no shopping Leblon, na zona sul do Rio, um
manifestante foi impedido pelos seguranças de entrar no estabelecimento.
O estudante de direito Cleyton Carlos, de 24 anos, teve a mochila
revistada e o acesso negado após os seguranças encontrarem uma máscara
do personagem Coringa. Com vigilância privada reforçada nos acessos e
corredores, e ronda do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) na
região, o estabelecimento funcionou normalmente neste domingo (26). O
estudante afirmou que a atitude do shopping era preconceito. "Eles me
marcaram desde a ultima edição. Sempre barram quem é pobre e favelado,
mas não a burguesia. O racismo no Brasil é um dos maiores do mundo",
disse o estudante. Após ser barrado, ele posou para fotos com o punho
erguido, símbolo contra o apartheid. A direção do shopping não comentou
as declarações. Outros três manifestantes entraram no shopping e foram
acompanhados por seguranças. Em um carta aos clientes na porta do
estabelecimento, a direção informa que "as áreas são franqueadas a
todos, sem distinção de raça, classe social, credo, pensamento ou
qualquer forma de discriminação". O acesso ao shopping está sendo
organizado com cercas e pelo menos 15 seguranças, parte deles à paisana.
Em todas as alamedas e corredores, a segurança também foi reforçada. Um
agente que não quis se identificar informou que a orientação era
tranquilizar os clientes e abordar eventuais manifestantes. Na área
externa, houve reforço também no policiamento, com duas viaturas do
Batalhão de Choque rodando pela área. O tenente-coronel Amaral, do 23º
Batalhão de PM informou que o reforço era "normal" em função do fluxo de
banhistas nas praias do Leblon e Ipanema. Ele não informou o numero de
policiais na região
Nenhum comentário:
Postar um comentário