Se você é daqueles, ou daquelas, que não resistem aos múltiplos beijos no carnaval, fique atento (a) para que a boca – e em extensão, o corpo –,
não termine o circuito mal. O órgão é porta de entrada de várias
enfermidades, que podem se manifestar ainda antes da Quarta-Feira de
Cinzas, como também depois do reinado de momo. Existe até um nome para a
doença do beijo desprotegido. A mononucleose, como é conhecida a
enfermidade, é causada por vírus, e apresenta sintomas parecidos com os
do herpes. Os sinais no corpo também são parecidos com os de uma gripe
ou resfriado e incluem dor de garganta, febre e gânglios inchados. O
canal que transfere as enfermidades é a saliva. Para não ser pego de
surpresa, o ideal é fazer o dever de casa básico de todos os dias. "A
pessoa deve fazer os cuidados preventivos, como manter a boca limpa,
usar fio dental e enxaguante, e verificar se não tem nenhum problema na
mucosa", informou a dentista Kamila Alves, em entrevista ao Bahia
Notícias. Outras doenças podem estar associadas ao beijo carnavalesco,
como sarampo, catapora, faringite, gripe, rubéola, ou mesmo doenças mais
graves como pneumonia, tuberculose e meningite. A mestranda em clínica
odontológica considera ainda reduzidas as campanhas de orientação sobre
as consequências do hábito cada vez mais frequente e associado à festa.
“Ainda há pouco esclarecimento desses problemas em comparação a
campanhas sobre Aids, que estimulam o uso de camisinhas, por exemplo”,
afirmou. A especialista faz ainda uma orientação para que as pessoas
tenham cautela, mesmo sob o clima frenético da festa. “O pensamento que a
pessoa deve ter é o seguinte: 'o que eu faço [com a minha boca] pode
não ser o mesmo que o parceiro faz'”, completou.
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