terça-feira, 22 de abril de 2014

Em vídeo, Bernardo fez homenagem à madrasta no Dia das Mães


 Bernardo Uglione Vídeo Youtube (Foto: Reprodução)

O menino Bernardo Uglione Boldrini fez uma homenagem no Dia das Mães de 2011 à madrasta Graciele Ugulini na escola onde ele estudava em Três Passos, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul. As imagens estão disponíveis em um vídeo publicado pelo Colégio Ipiranga na internet.
O menino de 11 anos foi encontrado morto na noite de segunda-feira (14) em um matagal de Frederico Westphalen, cidade a cerca de 80 km de Três Passos. Ele estava desaparecido desde o dia 4 de abril. Segundo a Polícia Civil, o médico Leandro Boldrini, pai do garoto, a madrasta Graciele e a amiga do casal Edelvania Wirganovicz são suspeitos do crime.
Publicado no dia 9 de maio daquele ano, o vídeo mostra os alunos do colégio homenageando as mães pela data. No final da gravação, os alunos aparecem segurando cartazes com o nome das mães. Em vez de homenagear a mãe biológica, Bernardo aparece sorridente com um cartaz com o nome “Keli”, como Graciele era conhecida, escrito ao lado de um coração. 
A mãe biológica de Bernardo, Odilaine Uglione, havia morrido pouco mais de um ano antes. De acordo com a polícia, Odilaine cometeu suicídio dentro do consultório do marido e pai de Bernardo no dia 10 de fevereiro de 2010.
Em outro vídeo da escola, publicado em 10 de agosto de 2013, Bernardo participa de uma homenagem ao Dia dos Pais. Ao lado de colegas, ele encena uma coreografia. Uma das últimas imagens do garoto antes de sumir também foi registrada na escola, em uma apresentação teatral.
“É um menino que realmente deixou profundas lembranças. E essas lembranças não se apagarão na nossa mente nem no nosso coração”, diz Nelson Weber, diretor do Colégio Ipiranga, onde Bernardo estudava.
Nesta segunda-feira (21), professores da escola começaram a ter acompanhamento psicológico com a psicóloga Fabiane Angelo. Ela atendeu vítimas da tragédia na boate Kiss, em Santa Maria. A intenção é preparar professores e alunos para a volta às aulas nesta terça (22), após uma semana de luto.
Já a polícia pediu a quebra do sigilo bancário do pai e da madrasta para tentar identificar alguma transação suspeita. A delegada quer saber a origem do dinheiro que teria sido usado por Graciele para pagar a amiga que ajudou no crime. Em depoimento, Edelvania confessou ter recebido R$ 6 mil da madrasta de Bernardo, primeira parte dos R$ 20 mil prometidos.

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