O Supremo Tribunal Federal (STF), por nove votos a um,
autorizou o ex-ministro José Dirceu, preso por sua condenação no
processo do mensalão, a trabalhar em um escritório de advocacia. O
ministro Luís Roberto Barroso deu o voto que conduziu à decisão. Ele
assumiu a relatoria dos processos relativos ao caso do mensalão após
afastamento do presidente da Corte, Joaquim Barbosa, na semana passada.
Barbosa tinha negado o pedido da defesa alegando a necessidade de
cumprimento mínimo de 1/6 da pena mesmo em regime semiaberto e ser
inadequada a atuação em um escritório de advocacia. Agora, caberá a
Barroso decidir sobre os outros pedidos de trabalho externo que estão
pendentes.
O pedido de Dirceu é para trabalhar no escritório do
advogado criminalista José Gerardo Grossi. O salário é de R$ 2,1 mil e a
função de organizar a biblioteca e consultar jurisprudência. Antes, o
ex-ministro havia solicitado autorização para trabalhar como gerente em
um hotel com salário de R$ 20 mil, mas desistiu diante da repercussão
negativa.
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