O primeiro exame de sangue que uma criança faz ainda na
maternidade serve para diagnosticar e prevenir uma série de doenças.
Conhecido popularmente como Teste do Pezinho, o procedimento é lei desde
2007. Nesta sexta-feira (6), ocorre o dia nacional de alerta para a
necessidade do procedimento que é gratuito e oferecido em 3.164 postos
de saúde da Bahia. Segundo a geneticista da Associação de Pais e Amigos
dos Excepcionais (Apae), Helena Pimentel, não há porque brincar com o
caso. “A triagem é um direito da criança e dever do estado e da
família”, afirmou em entrevista ao Bahia Notícias. No entanto, por mais
que o Programa Nacional de Triagem Neonatal seja previsível nas
maternidades, nem todo mundo se compromete. “Algumas mães, por receberem
logo alta depois do parto, não esperam para fazer o teste, ou não vão
depois ao posto fazer o exame”, diz a especialista em entrevista ao
Bahia Notícias. Segundo Helena, o ideal é que o procedimento seja feito
com três dias de nascimento (até o sétimo dia), após as primeiras
mamadas da criança. “A partir daí, a gente pode intervir caso haja
diagnóstico de doenças”, conta, ao se referir principalmente as
enfermidades que nascem com a criança, as genéticas, que exigem
tratamento imediato. Estão na lista a anemia falciforme (comum em
afrodescendentes), hipotireoidismo congênito e a fenilcetonúria, doenças
que alteram o metabolismo e podem causar retardo mental; e a fibroce
cística, que ataca os aparelhos respiratórios, digestivos e as glândulas
sudoríparas, que produzem suor. Para fazer o exame, Helena diz que não
precisa de jejum. “De forma alguma. A criança deve sim estar
amamentada”, orienta. Na Bahia, a Apae é responsável pelo treinamento
dos profissionais que fazem o teste em todo os 417 municípios do estado.
Segundo a instituição, em 2013 a cobertura baiana para o exame foi de
82%. Ainda nesta sexta, a Apae fará uma ação para reforço da importância
da triagem às 10h. Durante a semana, a entidade realiza o teste das 7h
às 13h.
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