Foto: Tommy Trenchard/Reuters
O número de mortos e infectados pelo vírus Ebola passa oficialmente de 2 mil e o medo da doença já prejudica até a oferta de alimentos. Cerca de 1 milhão de pessoas em áreas isoladas podem precisar de assistência alimentar nos próximos meses. Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o atual surto já matou 1.145 pessoas e infectou 2.127 até o dia 13. Houve o registro de 76 mortes em dois dias, com avanço sobretudo na Libéria, que já trata a epidemia como "situação pior que de guerra". O Programa Mundial de Alimentos (PMA), das Nações Unidas, preparou uma operação regional de emergência para alimentar os necessitados. Ela deve estender-se por três meses. "É uma crise de saúde, mas tem impacto sobre a segurança dos alimentos", afirmou a porta-voz do PMA, Fabienne Pompey. Essa crise já é evidente na capital de Guiné, Conacri, onde não chegam frutas nem legumes vindos do campo. Em Serra Leoa e na Libéria, vários mercados fecharam as portas. O preço do arroz e de outros alimentos básicos sobe em áreas sob quarentena. Caçadores de animais silvestres que podem transportar o vírus perderam o meio de sustento e agricultores em algumas áreas foram separados de suas colheitas. Embora não haja restrições à movimentação de comida, a oferta é restringida pelo receio de infecção. Guiné, Libéria e Serra Leoa, que impuseram algumas restrições a viagens internas, estão sendo cada vez mais isoladas. As companhias aéreas regionais suspenderam voos para os três países. Como medida paliativa, a ONU iniciará voos de ajuda humanitária neste sábado (16). A ideia é garantir que não haja interrupções nas próximas semanas. Também foram enviados trabalhadores para áreas remotas por helicóptero
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