Campo
minado para candidatos, o custo da campanha piorou de 2010 para 2014,
na opinião do governador Jaques Wagner (PT). Sem falar diretamente em
compra de lideranças, Wagner criticou o rumo das relações para apoio no
interior do estado. “Eu nunca vi nada igual ao que estou vendo esse ano.
É como se tivesse banalizado que a coisa funciona assim e ponto final.
Eu não sei porque não estou na ponta, mas todos os relatos que tenho são
esses (compra de lideranças)”, relatou Wagner. Segundo ele, o problema é
o “só trabalho por dinheiro”. “Eu estou vendo gente falando que está
apertado que eu nunca vi. E estou vendo gente que não teve esse hábito
de ter a relação assim que diz: ‘eu vou cair fora’”, completou o
governador, citando, inclusive, o exemplo do presidente estadual do PSDB, Sérgio Passos.
“Se eu não mudar a máquina eleitoral partidária no Brasil, cada ano sai
pior. Está um negócio... Estou falando da relação [faz o gesto
referente a dinheiro], ela banalizou”, critica. Apesar da perspectiva
pouco otimista, o próprio Wagner sinaliza possíveis caminhos, entre eles
o tempo de televisão ser restrito para partidos com candidatura a
majoritária e o fim da coligação proporcional. Além de entrar numa seara
polêmica: “Tem que acabar com esse negócio de dois em dois anos. Eu
acho que devia ser cinco, sem direito a reeleição, de vereador a
presidente da República”.
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