Os deputados federais, responsáveis por elaborar e aprimorar as leis nacionais, entre outras tarefas, apresentam um baixíssimo índice de sucesso quando é feita uma análise minuciosa sobre a produção própria de cada um deles na atual legislatura, que encerra neste ano. De acordo com levantamento da Folha, só 26 deputados federais – 5% dos 513 – apresentaram projetos que percorreram o longo caminho até serem aprovados de forma definitiva pelo Congresso. O número representa uma queda livre na comparação com os quatro anos da legislatura anterior (2007-2010). Naquele período, 70 deputados apresentaram projetos que conseguiram a aprovação final até 2010. Na lista dos poucos projetos que obtiveram êxito entre 2011 e 2014 há um variado leque de temas, inclusive os pouco importantes. Entre eles está o do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Sob o argumento, entre outros, de homenagear e legar às gerações futuras a memória de "um político à frente de seu tempo", Alves conseguiu batizar o novo aeroporto do Rio Grande do Norte com o nome do pai, Aluizio Alves. Ainda no rol dos projetos aprovados há, entre outros, o de autoria de Edinho Araújo, do PMDB de SP, que dificulta a criação de novos partidos e que foi visto como uma ação para minar o surgimento da sigla de Marina Silva; o de Manuela D'Ávila, do PC do B do RS, que criou o Vale-Cultura, usado para aquisição de bens culturais; e o de Onofre Santo Agostini, do PSD de SC, que tornou obrigatório o chamado "teste da linguinha", para diagnóstico em recém-nascidos de problemas que podem provocar dificuldades na sucção, deglutição, mastigação e fala
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