domingo, 12 de outubro de 2014

Choque de Gestão' de Aécio Neves não manteve resultados no Estado de Minas Gerais

'Choque de Gestão' de Aécio Neves não manteve resultados no Estado de Minas Gerais
Foto: Divulgação / Facebook/ Oficial Aécio Neves
Menino dos olhos do governo mineiro do presidenciável Aécio Neves (PSDB), o “choque de gestão” é recorrentemente estampado pelo tucano como um sistema efetivo de controle dos gastos públicos e aumento de receitas. Contudo, um levantamento da Folha de S. Paulo publicado neste domingo (12), mostrou resultados declinantes nas contas do Estado durante gestão mineira entre o primeiro mandato de Aécio e o ano de 2013, chefiado pelo seu sucessor Antonio Anastasia (PSDB). A partir do segundo mandato, o Orçamento não manteve as melhoras vistas no primeiro (2003-2006) do tucano e teve desempenho semelhante ou inferior à média nacional em investimentos, despesas com pessoal e endividamento. Apesar de o sistema ter debelado deficiências urgentes herdadas em Minas Gerais, não superou os obstáculos generalizados.  Em 2013, o governo de Anastasia não obteve receitas suficientes para cobrir todas as despesas e obras públicas, o que contabilizou o primeiro déficit em uma década. O governo de Aécio tomou medidas de arrecadação de tributo por meio de maior eficiência na taxação do ICMS, principal imposto cobrado pelos Estados, e aumento da alíquota do IPVA. O aperto fiscal fez a dívida mineira cair o equivalente a 263% da receita – o teto legal é de 200% - para 189%. Além disso, os gastos com pessoal do Executivo caíram de 61,7% - o teto é de 49% - para 44,6%. De lá pra cá, contudo, os progressos foram modestos. Ano passado, o endividamento do Estado mineiro ficou em 183% da receita e a arrecadação tributária cresceu abaixo da média nos últimos sete anos. Isso implica na diminuição do espaço no Orçamento para investimentos em obras e com propósito de aquecer a economia. 

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