terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Balanço na Educação: Em quatro anos de Wagner, oferta de matrículas e escolas diminui

Balanço na Educação: Em quatro anos de Wagner, oferta de matrículas e escolas diminui
O governador Jaques Wagner (PT) sairá do governo da Bahia sem cumprir algumas das metas previstas pelo próprio em sua carta de propostas para a reeleição, em 2010. A apresentação de promessas – que não necessariamente é um plano de governo – é obrigatória para o candidato registrar o seu pleito para um cargo no executivo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os estabelecimentos de educação básica do estado, assim como as inscrições iniciais, diminuíram em números. Além disso, os professores universitários apontam a redução no investimento de pesquisa a extensão nos centros superiores estaduais. Em compensação, o curso de profissionalização contou com expansão, principalmente a alunos com alta vulnerabilidade, e houve a criação de projetos pedagógicos nos ensinos fundamental II na rede estadual de ensino. Confira abaixo algumas das promessas feitas pelo governador, a partir de levantamento do Bahia Notícias:
 
Elevar a escolaridade e qualificação da população intensificando a participação e o controle social na gestão da Educação Pública Estadual: Divulgada largamente na imprensa, a última avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é o único índice em que são revelados os resultados da qualidade de ensino à população brasileira e diz o contrário do enunciado. A 3ª série do ensino médio caiu em comparação ao de 2011 – o exame é aplicado bianualmente. Já na 8º série, ou 9º ano, o índice aumentou entre 2011 e 2013, mas não alcançou a meta (ver gráfico). O resultado está abaixo da média nacional, que ficou em 5, e nem sequer chega à metade da nota máxima da escala que é 10. Pedagogos adiantam que o índice não é o suficiente para fazer um diagnóstico preciso, contudo, não haveria outros recursos para medir a qualidade do ensino que não seja as avaliações internas do governo. O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Claudemir Nonato, atribui a “queda drástica” na matrícula do ensino médio e fundamental – que ele estipula o desfalque de 500 mil matrículas nos últimos anos – e grande evasão escolar como pilares que sustentam a má avaliação do ensino baiano. “Temos diversos problemas. Os recursos são importantes, mas o problema são os projetos inconsistentes. (...) Ensino Médio não é só curso preparatório para o Enem", disse Nonato. A secretaria de Educação afirma que houve avanços no processo de gestão das escolas estaduais. Além de descomplicação do sistema de matrícula, outrora mais complexa e que prejudicava as matrículas, houve uma visão estruturante da educação e a implantação de projetos pedagógicos para os estudantes do ensino fundamental II. “Em 2011, implantamos um pacto com os municípios, um projeto voltado para a alfabetização de crianças tanto em português como em outras áreas”, informou o secretário estadual da pasta, Osvaldo Barreto. A qualidade do projeto pedagógico é questionada pelo sindicalista.

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