Foto: Reprodução / New York Times
Um grupo militante afiliado ao Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos ataques coordenados e simultâneos que atingiram mais de dez alvos militares e policiais em três cidades da Península do Sina, matando pelo menos 26 agentes de segurança e deixando ao menos 60 feridos. Após os ataques, o presidente egípcio Abdel-Fattah el-Sissi interrompeu sua viagem à Etiópia para voltar ao Cairo, informou a agência estatal de notícias Mena nesta sexta-feira (30). O amplo ataque realizado na noite de quinta-feira (29) exigiu um nível de coordenação inédito. Pelo menos um carro-bomba foi detonado do lado de fora de uma base militar, enquanto morteiros eram disparados simultaneamente contra a base, derrubando edifícios e deixando soldados presos nos escombros, informaram autoridades. Em Washington, a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, expressou sua reprovação aos ataques, afirmando que os "Estados Unidos permanecem inabaláveis em seu apoio aos esforços do governo egípcio para combater a ameaça do terrorismo no Egito". Além da base militar atingida, foram disparados morteiros contra um hotel, um clube policial e mais de dez postos de verificação, informaram autoridades. Vinte e cinco soldados e um policial morreram. Os militantes atacaram a capital da província do Sinai do Norte, El-Arish, além de xeque Zuwayid, que fica nas proximidades, e da cidade de Rafah, que faz fronteira com a Faixa de Gaza. Horas antes do ataque, o grupo afiliado ao Estado Islâmico no Egito postou, em sua conta oficial no Twitter, fotografias de militantes mascarados vestidos de negro. Eles carregavam granadas propelidas por foguetes, numa demonstração de força, enquanto seguram a bandeira do Estado Islâmico. O grupo militante posteriormente assumiu a responsabilidade pelos ataques, dizendo no Twitter que dois suicidas e três carros-bomba atingiram uma base do Exército e prédios adjacentes em El-Arish, o maior de todos os ataques. Na postagem, a ação foi chamada de "uma ofensiva extensiva e simultânea para os soldados do califado", além de listar pelo menos oito postos de verificação que também foram alvo dos ataques em três localizações diferentes. O grupo, anteriormente chamado de Ansar Beit al-Maqdis, lançou vários ataques contra a polícia e o Exército no Sinai nos últimos anos. Inicialmente inspirado pela Al-Qaeda, no ano passado prometeu fidelidade ao Estado Islâmico, que controla grandes partes dos territórios sírio e iraquiano. Em novembro, o grupo trocou seu nome para Província do Sinai, ou Waliyat Sinai, refletindo sua lealdade e subordinação ao Estado Islâmico.
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