Redação Arautos
23/01/2015, às 19h49
O
Ministério Público Federal no Piauí encaminhou um pedido de anulação
parcial do do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2014 à Justiça
Federal nesta sexta-feira (23). Estudantes do estado denunciaram o
vazamento da prova de redação horas antes da realização da prova no dia
12 de novembro deste ano. Na ação, o órgão pede a aplicação de uma nova
prova de redação, com a alteração das etapas e divulgação das novas
datas relativas ao exame, segundo publicou o jornal O Globo.
O órgão pediu, em caráter liminar, a
suspensão da inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e das
matrículas nas universidades que adotam o Enem como sistema de
classificação. O procurador da República Kelston Lages, autor da ação,
pede aplicação de multa em caso de descumprimento da decisão.
“A igualdade de condições é postulado
fundamental do concurso. Ela é indispensável até mesmo para manter
íntegros os seus objetivos, sua própria razão de existir. Permanecer
impune a quebra a isonomia ocorrida no Enem 2014 fere também o princípio
da moralidade administrativa”, diz o procurador na ação. A denúncia do
vazamento da prova partiu de estudantes do Piauí. A imagem com o tema da
redação teria sido compartilhada através do aplicativo Whatsapp, às
10h47, uma hora e 13 minutos antes da aplicação da prova.
O estudante fez um vídeo em que mostra a
imagem no celular. “Quando eu cheguei que recebi o caderno de questões
eu constatei que o tema da redação era o mesmo da imagem que eu havia
recebido”, disse Jomásio Barros, de 17 anos. A imagem circulou entre
vários grupos de estudantes horas antes do início da prova. “Eu vi essa
imagem às 10h54, no domingo, antes da prova. Então, eu não tenho nenhuma
dúvida que essa prova vazou”, disse uma jovem ao Bom Dia Brasil. Logo
após a divulgação do vídeo, o estudante disse que foi criticado e outros
divulgaram da informação. Outros o incentivaram a denunciar o caso.
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