Foto: Divulgação
A Petrobras divulgou na madrugada desta quarta-feira (28) o balanço referente ao terceiro trimestre de 2014 não auditado e sem baixas contábeis. Entre julho e setembro do ano passado, o lucro líquido consolidado atribuído aos acionistas somou R$ 3,087 bilhões, um recuo de 38% ante igual período do ano passado. O Ebitda ajustado, por sua vez, foi de R$ 11,735 bilhões, o que representa uma queda de 28% ante o mesmo intervalo do ano passado. Segundo a empresa, a divulgação das demonstrações contábeis não revisadas pelos auditores independentes do terceiro trimestre de 2014 tem o objetivo de atender obrigações da companhia (covenants) em contratos de dívida e facultar o acesso às informações aos seus públicos de interesse, cumprindo com o dever de informar ao mercado e agindo com transparência com relação aos eventos recentes que vieram a público no âmbito da "Operação Lava Jato". A companhia diz que entende que será necessário fazer ajustes nas demonstrações contábeis para a correção dos valores dos ativos imobilizados que foram impactados por valores relacionados aos atos ilícitos perpetrados por empresas fornecedoras, agentes políticos, funcionários da Petrobras e outras pessoas no âmbito da Operação Lava Jato. No entanto, destacam, em face da impraticabilidade de quantificar de forma correta, completa e definitiva tais valores que foram capitalizados em seu ativo imobilizado, a companhia considerou a adoção de abordagens alternativas para correção desses valores. Entre eles, a empresa cita o uso de um porcentual médio de pagamentos indevidos, citados em depoimentos; avaliação a valor justo dos ativos cuja constituição se deu por meio de contratos de fornecimento de bens e serviços firmados com empresas citadas na "Operação Lava Jato". "Essas alternativas se mostraram inapropriadas para substituir a impraticável determinação do sobrepreço relacionado a esses pagamentos indevidos", afirma. Petrobras informa ainda, que com objetivo de divulgar as demonstrações contábeis do terceiro trimestre de 2014 revisadas pelos auditores independentes, está avaliando outras metodologias que atendam às exigências dos órgãos reguladores (CVM e SEC).
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