terça-feira, 11 de agosto de 2015

Após lei do silêncio, Estado pode ter que dividir prejuízo de R$ 41 mi com a Fonte Nova

Após lei do silêncio, Estado pode ter que dividir prejuízo de R$ 41 mi com a Fonte Nova
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
Por conta dos problemas envolvendo o isolamento acústico da Arena Fonte Nova, é improvável que grandes eventos voltem a acontecer no espaço. De acordo com o presidente da arena, Sinval Andrade, as apresentações musicais que voltarão a acontecer na Arena neste sábado (15) seguirão base liminar que obriga o espaço a obedecer os limites da lei anterior – 70 decibéis após as 22 horas (estabelecidos para áreas residenciais) -, e mesmo assim com monitoramento da Sucom. Andrade revelou para a coluna Negócios, do jornal Correio, ainda que durante o período em que a Fonte Nova esteve fechada nenhum tipo de isolamento acústico foi feito, apenas um reposicionamento de palco e contratação de uma empresa privada para, ao lado da Sucom, garantir o cumprimento da sentença. A insegurança jurídica faz com que eventos e patrocinadores não se sintam atraídos por Salvador, de forma que a Arena fez uma parceria com uma produtora local para realizar shows de médio e pequeno porte. A pró-atividade, diz Andrade, é um esforço tanto para mostrar ao mercado que o espaço é viável, quanto para aumentar as receitas do empreendimento. A Arena deve ter um prejuízo maior do que o dos últimos anos, quando alcançou resultados negativos de R$ 24 milhões e R$ 17 milhões, respectivamente. Por conta disso, baseado em uma cláusula de contrato público, Sinval pode procurar o estado para dividir parte do prejuízo acumulado. O contrato de Parceria Público-Privada prevê que caso o resultado operacional não seja igual ao previsto no “caso base” descrito no edital de concessão, o prejuízo é dividido entre o estado, a operação e os clubes. Além disso, o presidente explicou que as receitas da Arena vêm do futebol atualmente e das atividades chamadas não-futebol, mas estas não atingem o potencial esperado por conta da querela judicial da Lei do Silêncio. “As receitas do futebol tendem a zero [em termos de resultado] por causa do custo de manutenção, que não são integralmente cobertos pelo repasse do estado”, observou Andrade, que garante que questões envolvendo Odebrecht e OAS não têm interferido no cotidiano da gestão do estádio.

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