Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
Por conta dos problemas envolvendo o isolamento acústico da Arena
Fonte Nova, é improvável que grandes eventos voltem a acontecer no
espaço. De acordo com o presidente da arena, Sinval Andrade, as
apresentações musicais que voltarão a acontecer na Arena neste sábado
(15) seguirão base liminar que obriga o espaço a obedecer os limites da
lei anterior – 70 decibéis após as 22 horas (estabelecidos para áreas
residenciais) -, e mesmo assim com monitoramento da Sucom. Andrade
revelou para a coluna Negócios, do jornal Correio, ainda que durante o
período em que a Fonte Nova esteve fechada nenhum tipo de isolamento
acústico foi feito, apenas um reposicionamento de palco e contratação de
uma empresa privada para, ao lado da Sucom, garantir o cumprimento da
sentença. A insegurança jurídica faz com que eventos e patrocinadores
não se sintam atraídos por Salvador, de forma que a Arena fez uma
parceria com uma produtora local para realizar shows de médio e pequeno
porte. A pró-atividade, diz Andrade, é um esforço tanto para mostrar ao
mercado que o espaço é viável, quanto para aumentar as receitas do
empreendimento. A Arena deve ter um prejuízo maior do que o dos últimos
anos, quando alcançou resultados negativos de R$ 24 milhões e R$ 17
milhões, respectivamente. Por conta disso, baseado em uma cláusula de
contrato público, Sinval pode procurar o estado para dividir parte do
prejuízo acumulado. O contrato de Parceria Público-Privada prevê que
caso o resultado operacional não seja igual ao previsto no “caso base”
descrito no edital de concessão, o prejuízo é dividido entre o estado, a
operação e os clubes. Além disso, o presidente explicou que as receitas
da Arena vêm do futebol atualmente e das atividades chamadas
não-futebol, mas estas não atingem o potencial esperado por conta da
querela judicial da Lei do Silêncio. “As receitas do futebol tendem a
zero [em termos de resultado] por causa do custo de manutenção, que não
são integralmente cobertos pelo repasse do estado”, observou Andrade,
que garante que questões envolvendo Odebrecht e OAS não têm interferido
no cotidiano da gestão do estádio.
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