sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Estado descobre 1.447 casos de acúmulo ilegal de cargos


Secretaria de Educação registra maior número de casos, 55% (foto Joá de Souza/Ag. A Tarde)
Secretaria de Educação registra maior número de casos, 55% (foto Joá de Souza/ A Tarde)
A Secretaria de Administração da Bahia (Saeb) constatou, por meio de uma ação correcional, que 1.447 servidores do estado passaram a acumular, ilegalmente, mais de dois cargos públicos nas esferas municipal, estadual e federal na Bahia. A investigação, iniciada em junho deste ano, foi batizada de Operação Multivínculo.  A Corregedoria Geral da Saeb chegou a essa conclusão após ter cruzado as informações do Sistema de Recursos Humanos da Bahia com os sistemas de auditoria dos tribunais de Contas do estado e dos municípios; com o banco de dados de Sergipe e com o Portal da Transparência, do governo federal. O caso que mais chamou atenção foi o de um médico do sul da Bahia, que acumulava nove cargos públicos, um no estado e os outros oito em três prefeituras. Em apenas um município, ele tinha cinco cargos acumulados. A Saeb não divulgou a identidade do médico ou unidade de saúde para a qual ele trabalha. Além deste caso, outros 1.351 servidores estavam vinculados a três cargos públicos, 82 a quatro cargos e 13 a cinco, conforme as apurações. A combinação de três ou mais cargos públicos diferentes é proibida tanto pela Constituição federal como pelo Estatuto do Servidor Público. Segundo a Constituição, o acúmulo só é permitido se for feito entre dois cargos de professor; entre um cargo de professor e outro técnico ou científico ou entre dois cargos privativos de médico. Em todos os casos, a compatibilidade de horário deve ser respeitada. As secretarias com o maior número de funcionários ilegais foram as da Educação (com 55% dos casos), Saúde (30%) e Segurança Pública (3%). O restante se divide em outras áreas. Na quinta-feira (6/8), 431 servidores já foram convocados a prestar esclarecimentos ao governo do estado até o dia 28. Os nomes dos profissionais foram divulgados no Diário Oficial do Estado da Bahia. Quem não comparecer ao endereço indicado poderá ter os vencimentos suspensos. Com informações publicadas em A Tarde

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