A atriz Viviany Beleboni, que realizou a performance da crucificação
na Parada do Orgulho LGBT deste ano, postou um vídeo em seu perfil do
Facebook, onde mostra as marcas da agressão que sofreu neste sábado
(08). Ela afirmou que, após ter sido abordada e reconhecida por uma
pessoa próximo à sua casa, teria sido agredida pelo desconhecido com
socos e com um canivete.
Ainda segundo o depoimento da atriz, o agressor afirmava que ela “não
era de Deus” e que era um demônio, portanto teria que “pagar pelo que
fez”. No vídeo, Viviany conta sobre a violência sofrida e mostra os
hematomas e cortes no rosto e corpo.
A atriz transexual sofreu duras críticas após a sua performance na
Parada do Orgulho LGBT de 2015 em São Paulo e afirma sofrer perseguição e
intimidação virtual por parte de fundamentalistas religiosos. Deputados
como Marco Feliciano e outros da bancada evangélica, manifestaram
desaprovar os protestos da moça contra transfobia e homofobia. O líder
do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), também apresentou um projeto que
tornava crime hediondo o “ultraje a culto”, e chamou de “cristofobia”
manifestações que envolvesse símbolos religiosos.
Segundo grupos que apoiam o movimento LGBT, as acusações partiriam de
pensamentos de intolerância transfóbica já que outras pessoas – como
Madona, Neymar e Marcelo D2 – também se utilizaram do modelo da
crucificação e não sofreram as mesmas críticas.
Viviany declarou que não irá fazer nenhum boletim de ocorrência para
não ser “tratada como homem” na delegacia. Ela fechou a sua conta no
Facebook e concluiu que é melhor ficar na segurança de sua casa. Se
referindo à sua performance na Parada, a atriz termina a gravação com a
seguinte frase: “O meu ato foi de amor, foi pra alertar pessoas que nem
eu, que estão sangrando”. (Ibahia)
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