Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Após duas barragens de rejeitos de mineração se romperem em Mariana
(MG), o prefeito Duarte Júnior disse que defender o fim da mineração no
município é “fechar as portas” da cidade. “Dizer que não pode mais haver
mineração é afirmar que serviços básicos terão de ser parados e que 4
mil pessoas vão perder seus empregos”, comentou Duarte Júnior em
entrevista à Agência Brasil. “A mineração representa 80% da nossa
arrecadação. A gente tem a preocupação, para não haver um colapso total
da cidade. Tenho que ser realista e dizer que a nossa cidade não
trabalhou na diversificação econômica”, acrescentou. No último dia 5,
duas barragens da mineradora Samarco - empresa controlada pela Vale e
pela BHP Billiton - se romperam, formando uma onda de lama que destruiu o
distrito de Bento Rodrigues e chegou a outras regiões de Minas Gerais e
do Espírito Santo. Até agora, sete corpos foram identificados, quatro
aguardam identificação e 15 pessoas permanecem desaparecidas. Mais de
600 ficaram desabrigadas e o prejuízo calculado até agora é de R$ 100
milhões. Para o prefeito, contudo, a multa aplicada pelo governo federal
à Samarco, de pelo menos R$ 250 milhões, não vai ajudar as famílias
atingidas e nem a reconstrução das áreas destruídas. “É preciso que se
crie um fundo, de R$ 500 milhões, R$ 1 bilhão, para reconstruir o que
foi perdido, reconstruir a vida das pessoas”, defendeu.
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