O governo estadual vai financiar 40% dos
consórcios de Saúde que serão firmados em toda a Bahia. O primeiro
deles foi instituído na quinta-feira (5/10) e reúne dez municípios –
Teixeira de Freitas, Caravelas, Ibirapuã, Itamaraju, Itanhém, Jucuruçu,
Lajedão, Vereda, Prado e Nova Viçosa, todos no Sul baiano. Na prática,
os consórcios foram criados como uma alternativa para os municípios
melhorarem o acesso da população aos serviços de saúde. São constituídos
através da união de dois ou mais municípios, sem fins lucrativos, com a
finalidade de prestar serviços e desenvolver ações conjuntas que visem o
interesse coletivo e benefícios públicos. De acordo com o governador
Rui Costa, os consórcios vão inverter a lógica do “cada um por si e Deus
por todos”. Segundo o governador, o modelo de Saúde deve ser enxergado
de forma regional. “Contratam juntos e fica mais barato para todo mundo.
Podemos incorporar o hospital dentro do consórcio, se for da vontade
dos gestores. O Estado aportará 40% do custeio desses hospitais”,
explicou o governador. Laboratórios centrais e UPAs também poderão ser
incorporados. O secretário estadual de Saúde, Fábio Villas Boas,
reconheceu o funcionamento deficitário do SUS, que completa 25 anos em
2015. “O Sistema está longe de oferecer quantidade e qualidade, em
grande parte pela falta de financiamento adequado. Os municípios estão
cada vez mais estrangulados financeiramente. No papel, o SUS é perfeito,
mas na prática o alinhamento não funciona. Os consórcios podem resolver
esse problema, apesar de não ser obrigação constitucional do Estado
preencher a média complexidade. É um modelo que deu certo no Ceará e vai
dar certo aqui”, avaliou.
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