Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados
O lobista Milton Pascowitch prestou depoimento em uma audiência da operação Lava Jato pela primeira vez depois de fechar acordo de delação premiada. Em seu depoimento, ele explicou como funcionava a relação entre a Engevix e a Petrobras. Segundo o G1, o Ministério Público Federal (MPF) o considera como operador da propina paga pela empreiteira. Pascowitch afirmou que o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, exercia pressão para receber dinheiro e conceder contratos com a Petrobras. Os dois são réus no mesmo processo da Operação Lava Jato. De acordo com o lobista, contratos de consultoria entre a empresa dele e a de Dirceu serviam para encobrir o pagamento de propinas. Ele também relatou que pagou parte da sede da empresa do ex-ministro, além da reforma de imóveis do político ou de familiares dele. Para o MPF, apenas Dirceu recebeu apenas R$ 11 milhões no período em que Pascowitch atuou na Engevix. Ainda segundo o G1, a defesa de Dirceu afirmou que as declarações do delator foram confusas e que as acusações precisam ser provadas.
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