Foto: Divulgação / PRF
Uma força-tarefa libertou seis homens que eram mantidos em condições análogas à escravidão na zona rural do município de Riachão das Neves, no oeste da Bahia. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Defensoria Pública da União (DPU), os empregados dormiam em alojamentos improvisados, sem energia elétrica e água potável, sem sanitários ou outras condições mínimas de higiene. Eles também não tiveram as carteiras de trabalho assinadas. Além disso, aplicavam agrotóxicos sem qualquer tipo de treinamento e sem os EPIs adequados. A carne que consumiam era conservada em sal e ficava dependurada em um varal ao relento, informou Mário Diniz, auditor-fiscal do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho da Bahia. Os trabalhadores foram contratados há uma semana para desmatar a área que seria utilizada para criação de gado para corte bovino em uma vila a cerca de 40 km do centro de Riachão das Neves. Por cada árvore derrubada e transformada em toco para cerca, os trabalhadores tinham a promessa de receber R$ 3. Nesta sexta-feira (19), o fazendeiro pagou a rescisão, mas recusou-se a indenizar a sociedade pelo crime cometido. Por isso, MPT e DPU devem mover uma ação civil pública na Justiça do Trabalho, com pedido de indenização de R$ 1 milhão.
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