Uma decisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pode levar à extinção da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). A ministra Kátia Abreu estaria avaliando a possibilidade de incorporar a estrutura do órgão, o que poderia levar ao fim de pesquisas importantes desenvolvidas no país. “A ministra está trabalhando no sentido de reduzir a Ceplac a uma coordenação do ministério, sem um plano definido de atuação. Não podemos deixar que a Ceplac entre em um processo de extinção, e esse será o caminho se ela for reduzida”, alertou o deputado Rosemberg Pinto (PT), anunciando que será organizado um ato com políticos e lideranças na região sul do estado para chamar atenção para o problema. “Vamos mostrar que a Ceplac tem que ser vista com um olhar de desenvolvimento, e não de asfixia. Queremos alternativas que promovam o fortalecimento”, defendeu. Criada em 1957, a Ceplac atua na Bahia, Espírito Santo, Pará, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso e é voltada para o desenvolvimento das regiões produtoras de cacau. De acordo com José Bezerra, presidente da Associação dos Técnicos em Fiscalização Federal Agropecuária na Bahia (Ateffa-BA), a ‘extinção’ da Ceplac pode afetar não só o orçamento, mas toda a produção de pesquisa e tecnologia desenvolvida pelo órgão. Em sua opinião, a proposta da ministra Kátia Abreu levará ao fim todo trabalho realizado nas seis unidades do país. “Tirar ela da situação que está, subordinando a uma secretaria, é a mesma coisa que acabar. No cenário mais promissor, vai virar um departamento. Precisamos de uma reforma, mas não desse jeito”, avaliou Bezerra.
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