terça-feira, 29 de março de 2016

Opinião: Aumenta o calvário de Dilma

Opinião: Aumenta o calvário de Dilma
Foto: Lula Marques / Agência PT
Na tarde-noite desta terça-feira (29) inicia-se, com a reunião do Diretório Nacional do PMDB, o calvário da presidente Dilma Rousseff. A debandada dos integrantes da legenda marcará um distanciamento do governo petista. Espera-se, na reunião, cerca de 100 votos favoráveis à saída, e em torno de 20 contra. O calvário se completará no dia 17 de abril, um domingo, isso se a presidente não conseguir 172 parlamentares para barrar o impeachment. Cairá o governo e se estabelece uma nova fase, também marcada pela incerteza, tendo à frente Michel Temer. A crise não se estanca por aí. O futuro novo governo passará a ser uma incógnita, mas leva de início uma vantagem: a gestão de Dilma é pífia com a crise instalada na República, com o desemprego alcançando os mais variados segmentos, principalmente as classes baixa e média, atingindo, ainda, o comércio, o setor imobiliário e os empresários de maneira geral. O País vive numa espécie de corrupio e mergulha numa incerteza que de há anos não se observa. Se o Diretório Nacional do PMDB, por aclamação, definir pela saída imediata do governo petista na tarde de hoje, os ministros do partido terão que sair do governo, com prazo concedido para isso, mas há a presunção de que três deles pretendem continuar nos cargos. Se não o fizerem, a alternativa é procurar outras legendas o que os obrigarão a pensar muito. Se o impeachment ainda não for desta vez, no caso de a presidente alcançar os 172 votos, o que não parece fácil, há outro pedido que foi feito na tarde de ontem pela OAB e entregue à presidência da Câmara. Pior. Como diversos partidos tendem a acompanhar o PMDB, Dilma não terá governabilidade capaz de assegurar-lhe no cargo. Ela ficará ilhada, principalmente no Congresso Nacional. Os seus projetos não terão a garantia de aprovação.

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